Robôs bolsonaristas atacam servidores públicos no Twitter

Enquanto a Câmara dos Deputados analisa o veto de Bolsonaro a quaisquer reajustes ou progressões nas carreiras de servidores da Saúde, Educação e Segurança, os robôs bolsonaristas partem para o ataque contra esses servidores.

O robôs levantaram a hashtag #VETO17SIM para pressionar os deputados a não derrubarem o veto que o Senado, por sua vez, que derrubou ontem, quarta-feira (19).

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O que os robôs não explicam é que o veto congela não só o salário, mas a contagem de tempo para promoções e até para a aposentadoria. Tudo isso dos servidores que estão na linha de frente no combate à pandemia de Covid-19.

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Bolsonaristas se xingam de “traidor” pelas redes sociais após derrubada de veto

As redes sociais viraram um barraco só nesta quinta-feira (20). Bolsonaristas e robôs se revezam em xingamentos mútuos. Eles se tratam como “traidor”, “Judas”,”traíra”, “desleal”, dentre outros nomes feios que não convêm nominá-los.

O mais xingado é o senador Major Olímpio (PSL-SP), líder do PSL no Senado. Para alguns internautas mais exaltados o chamam de “irresponsável” e “canalha”. Mas há aqueles que o consideram um “herói”.

“Por que eu deveria chamar Major Olimpio de traidor ou canalha? E outra, nem é reajuste”, escreveu uma internauta identificada no perfil como “Antifascista”.

O Senado derrubou nesta quarta-feira (19) o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que impedia reajustes salariais a servidores públicos até o fim de 2021. O veto ainda será analisado pela Câmara dos Deputados.

Major Olímpio, líder do PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito, considerou a derrota do veto uma vitória da saúde e da segurança pública.

“Derrubamos no senado o veto 17 que congelava contagem de tempo de serviço para anuênios, quinquênios, sexta-parte e licença-prêmio/especial dos servidores,em especial da saúde e segurança pública, que estão na frente do combate à pandemia”, disse o parlamentar, alvo de xingamentos nesta quinta.

Os senadores que derrubaram o veto presidencial argumentam que não deram aumento e que isso [reajuste salarial] será iniciativa dos estados. Eles fundamentam ainda que as realidades são diferentes, onde cada qual tem suas especificações.

Na verdade, é o Brasil quem está sendo traído. Não por esse veto e outros que estão por vir. Muito pelo contrário. A traição maior da nação se dá com a associação criminosa do governo com a banca financeira, que está ganhando trilhões enquanto a maioria dos brasileiros padece na pandemia do novo coronavírus.

Traição maior é causar quase 80 milhões de desempregos no País e ainda apresentar como solução o corte para R$ 300 do auxílio emergencial.

Esse papo de “traição” bolsonarista é conversa de comadre, portanto.

[AO VIVO] Deputados analisam veto de Bolsonaro para reajustes e progressões de servidores

A Câmara dos Deputados está reunida nesta quinta-feira (20) em sessão virtual para a análise de uma série de vetos do presidente Bolsonaro.

Os senadores derrubaram na quara-feira (19) o veto do presidente Bolsonaro que impedia reajustes salariais e contagem de tempo de serviço para profissionais de segurança pública, saúde, e educação durante a pandemia de Covid-19. O veto ainda será analisado pela Câmara dos Deputados.

Esses profissionais entraram como exceções à proibição de reajustes e contagem de tempo no serviço público, que foi estabelecida pela Lei Complementar 173, de 2020 como contrapartida ao auxílio federal de R$ 125 bilhões para estados e municípios durante a pandemia.

Também são beneficiados os militares, os trabalhadores de limpeza urbana, os agentes penitenciários, os assistentes sociais e os trabalhadores de serviços funerários.

Apenas os trabalhadores dessas categorias que atuem diretamente no combate à pandemia estão livres da restrição. Os demais servidores públicos federais, estaduais e municipais continuam enquadrados na proibição, que vai até o fim de 2021.

A contagem do tempo de serviço serve para progressão de carreira, concessão de aposentadoria e acúmulo de licenças e gratificações.

Com a derrubada do veto, os estados e municípios também poderão usar o dinheiro recebido do auxílio federal para concederem os reajustes salariais.

O senador Major Olimpio (PSL-SP) foi o primeiro a defender a derrubada do veto durante a sessão. Para ele, o “congelamento” de salário como contrapartida para o auxílio federativo é desnecessário, pois o setor público já terá dificuldades naturais para conceder reajustes. Além disso, a regra é “desumana” com os trabalhadores mais importantes neste momento, disse o senador

“Em todos os países do mundo quem está na guerra é condecorado. Nós estamos tirando [direitos]”; afirmou Major Olimpio.

Vale lembrar que Olimpio foi um dos expoentes da onda bolsonarista que tomou conta do Brasil em 2018, mas que se distanciou do presidente e de seu clã já no ano passado.

Requião diz que se Lula for candidato será preso novamente

O ex-senador e ex-governador do Paraná, Roberto Requião (MDB), manifestou seu medo por uma nova candidatura de Lula (PT) à presidência da República.

Requião escreveu eu seu Twitter:

“Os que insistem com a candidatura do Lula na presidência da república, ou desconhecem o domínio do capital financeiro e seus interesses sobre o Judiciário brasileiro, ou querem ver o Lula preso e a prevalência do liberalismo econômico no país. Desejo muito estar errado!”

Ou seja, para Requião e uma boa parte dos brasileiros, Lula foi preso somente para que não pudesse participar da eleição de 2018.

Requião inclusive pergunta se seus seguidores concordam.