Requião diz que se Lula for candidato será preso novamente

O ex-senador e ex-governador do Paraná, Roberto Requião (MDB), manifestou seu medo por uma nova candidatura de Lula (PT) à presidência da República.

Requião escreveu eu seu Twitter:

“Os que insistem com a candidatura do Lula na presidência da república, ou desconhecem o domínio do capital financeiro e seus interesses sobre o Judiciário brasileiro, ou querem ver o Lula preso e a prevalência do liberalismo econômico no país. Desejo muito estar errado!”

Ou seja, para Requião e uma boa parte dos brasileiros, Lula foi preso somente para que não pudesse participar da eleição de 2018.

Requião inclusive pergunta se seus seguidores concordam.

Economia

Lula admite PT não ter candidato a presidente em 2022

O ex-presidente Lula voltou a admitir que o PT pode não apresentar candidato a presidente da República em 2022. Em entrevista à TV Democracia, nesta quinta-feira (20), o petista afirmou que “é plenamente possível que o PT não tenha candidato à Presidência”.

“É plenamente possível que o PT não tenha candidato à Presidência. O PT pode ter candidato a vice. O PT pode ser candidato a outra coisa. Isso é plenamente possível”, declarou o ex-presidente ao canal do jornalista Fábio Pannunzio.

A repercussão da fala do ex-presidente Lula correu as redes sociais como um rastilho de pólvora.

“Os que insistem com a candidatura do Lula na presidência da república, ou desconhecem o domínio do capital financeiro e seus interesses sobre o Judiciário brasileiro, ou querem ver o Lula preso e a prevalência do liberalismo econômico no país”, comentou o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), um dos possíveis nomes alternativos ao de Lula ou ao PT. “Desejo muito estar errado”, completou o emedebista.

A fórmula “K” foi a que possibilitou na Argentina a vitória de Alberto Fernández (presidente) e Cristina Kirchner (vice). A ex-presidente abriu mão da cabeça de chapa em virtude da perseguição política do judiciário argentino, porém seu gesto desarmou os conservadores e derrotou o então presidente Mauricio Macri.

“É preciso ter um candidato (de esquerda) que tenha habilidade de tratar os partidos com o respeito que os partidos merecem. Não adianta querer brigar com o PT. Não podem querer que o PT abra mão dessa grandeza que o povo lhe deu (nas urnas) a troco de nada. Ou apresenta um candidato maior do que o PT ou não tem chance. As pessoas falam: ‘Olha, eu tenho uma pesquisa que mostra que no segundo turno tem (candidato com) mais voto que o Lula’. Ok, mas, para passar para o segundo turno, tem que passar antes pelo primeiro”, afirmou o ex-presidente Lula.

O petista também puxou a orelha de Ciro Gomes (PDT) que, no segundo turno das eleições 2018, resolveu viajar a Paris em vez de apoiar a campanha de Fernando Haddad (PT).

“Tenho mais carinho pelo Ciro do que ele tem demonstrado ter por mim. O companheiro Ciro deveria ter ficado no Brasil e ter declarado apoio ao Fernando Haddad (contra Jair Bolsonaro). Mas ele preferiu um gesto de rebeldia”, disse.

Além de Ciro e Requião, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), também busca se credenciar com candidato à Presidência da República pela esquerda brasileira.

Quanto à “desistência” de Lula, não foi a primeira. Em dezembro do ano passado, 40 dias depois de deixar a prisão, o ex-presidente disse num evento no Rio que não disputaria a eleição presidencial de 2022. Na época, o petista alegou que tem muitos processos, terá 77 anos de idade, e que a Globo não gosta de dele.

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Gleisi sobre prisão de Bannon: “Fundamental para desbaratar esquema nefasto que corrói democracias”

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais nesta quinta-feira (20) para comentar sobre a prisão do estrategista e marqueteiro estadunidense Steve Bannon.

“Prisão de Steve Bannon, peça chave da máquina de Fake News de Trump e guru de Bolsonaro e sua trupe, é fundamental p/ desbaratar esquema nefasto que corrói democracias pelo mundo. Por aqui, faço votos p/ q as investigações da CPMI, STF e TSE avancem contra essa quadrilha do mal”, escreveu a dirigente petista no Twitter.

Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump e conselheiro informal de Jair Bolsonaro, foi preso e indiciado hoje, juntamente com outras três pessoas, nos Estados Unidos.

Ele é acusado de ter participado de uma fraude numa campanha virtual de doações relacionada à construção de um muro na fronteira entre Estados Unidos e México.

A campanha “We Built That Wall” (Nós construímos o muro) arrecadou US$ 25 milhões (R$ 141 milhões). Bannon e outros envolvidos teriam enganado os doadores e usado o dinheiro para custear gastos pessoais, de acordo com o Departamento de Justiça norte-americano.