Por unanimidade, TRF4 absolve ex-tesoureiro do PT

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o TRF4, por unanimidade, reformou uma sentença do ex-juiz Sérgio Moro que condenava a 9 anos de prisão o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira. A informação é do Partido dos Trabalhadores.

Ferreira ficou preso por mais 7 meses, entre 23 de junho de 2016 a 2 de fevereiro 2017, quando os procuradores da Lava Jato e a Polícia Federal queriam forçá-lo a fazer delação premiada.

“O companheiro resistiu”, comemoram os petistas, considerando a decisão uma vitória política.

O ex-tesoureiro foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi sentenciado por supostamente ter recebido financiamento de campanha com caixa dois na eleição de 2010.

Na ação penal, a Lava Jato afirmara que se tratava de propinas nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro.

O TRF4, por 3 votos a 0, absolveu Paulo Ferreira.

Economia

“Ferreira depois de anos isolamento político e solidão restabelece os seu direitos de um cidadão livre”, dizem os petistas nas redes sociais. Parabéns ao companheiro Paulo Ferreira e s todos que acreditavam na postura de dirigente íntegro do nosso partido”, completam.

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    A maré não está para peixe. Que o diga o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, que nem terminou uma peleja com o PT já tem que enfrentar outra com Bolsonaro.

    A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu nesta quarta-feira (26), ao Supremo Tribunal Federal (STF), da suspensão de dois processos em tramitação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o chefe da força-tarefa.

    São dois procedimentos que a AGU pede providências ao CNMP:

    1- processo disciplinar apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que argumentou que Dallagnol fez campanha na internet para atacá-lo, influenciando nas eleições para presidente do Senado;

    2- pedido de remoção apresentado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO), em que ela afirma que o procurador já foi alvo de 16 reclamações disciplinares no conselho, deu palestras remuneradas e firmou um acordo com a Petrobras para que R$ 2,5 bilhões recuperados fossem direcionados para uma fundação da Lava Jato.

    A AGU questiona a suspensão do processo contra Deltan determinada, liminarmente, pelo decano Celso de Mello. A Advocacia Geral da União pede que o STF julgue colegiadamente o recurso, o que mostra interesse político do governo pela pauta.

    Nesta terça-feira (25), Deltan Dallagnol foi salvo pelo “tapetão”, segundo a presidenta do PT Gleisi Hoffmann. O procurador da Lava Jato só escapou da investigação porque os conselheiros do CNMP decidiram que o caso prescreveu, mas corroboraram com as críticas do ex-presidente Lula.

    A queixa de Lula foi adiada por inacreditáveis 43 sessões do CNMP, por isso a AGU pediu celeridade ao Supremo porque um dos processos –movido por Renan Calheiros– prescreve em setembro.

    A pergunta é: até quando Deltan irá resistir aos ataques cerrados?