Lula defende que Sara Winter não deve ser presa e sim ‘reeducada’

O ex-presidente Lula defendeu em entrevista na TV Democracia no YuoTube, nesta quinta-feira (20), a opinião de que a militante bolsonarista Sara Winter não deve ser presa em sim ‘reeducada’.

“Uma daquelas moças de Brasília, que publicou a foto da menina [que foi estuprada pelo tio e fez um aborto], o hospital que a menina estava, essa pessoa não tem que ser presa, essa menina não tem que ser morta a bala como eles acham que tem que ser, essa menina tem que ser reeducada, a família dessa menina precisa reeducá-la”, declarou Lula.

O líder petista acrescentou ainda que é preciso enfrentar politicamente a extrema-direita no Brasil. “Essa gente existe no Brasil e nós só vamos construir o país dos sonhos se a gente tiver coragem de enfrentar essa gente. Desistir jamais. Eles estão aí, nós temos que enfrentá-los e reeducá-los”. disse.

Sara Geromini foi presa no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga atos antidemocráticos e atualmente usa uma tornozeleira eletrônica. Ela divulgou no fim de semana o nome da menina de 10 anos que foi estuprada no Espírito Santo pelo tio, engravidou e foi submetida a um procedimento de aborto amparado pela lei em um hospital no Recife.

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Ministério Público processa Sara Winter por danos morais

A ação pede que Sara pague R$ 1,3 milhão a título de dano moral por ter exposto a menina de 10 anos estuprada que engravidou e abortou.

O Ministério Público do Espírito Santo ajuizou uma ação contra Sara (Winter) Giromini por causa da exposição que a militante bolsonarista fez dos dados pessoais da criança de 10 anos submetida a aborto legal após ser estuprada.

A ação pede que Sara pague R$ 1,3 milhão a título de dano moral; valor a ser revertido ao Fundo de Direitos da Criança e do Adolescente de São Mateus (ES).

Segundo o promotor Fagner Cristian Andrade Rodrigues, autor da ação, Sara “expôs a criança e sua família, em frontal ofensa a toda a ordem jurídica protetiva da criança e do adolescente, conclamando seguidores a se manifestarem [contra o aborto]”.

Ela “demonstrou descompromisso com o respeito à Constituição Federal” ao tornar público dados que são sigilosos, argumentou o promotor.

*Com informações do G1.