Flordelis é afastada da bancada evangélica no Congresso

A Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional decidiu nesta quarta-feira (26) pelo afastamento da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), denunciada na última segunda-feira (24) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como mandante do assassinato do próprio marido, Anderson Gomes, executado dentro de casa com mais de 30 tiros, em 16 de junho de 2019.

O pedido foi feito pelo deputado federal Abílio Santana (PL) e foi acolhido de forma unânime pelos membros do grupo.

Em nota, a frente afirmou que, “no intuito de salvaguardar o bom nome da instituição”, optou pelo afastamento da deputada “até que os fatos sejam devidamente apurados e a Justiça chegue a uma decisão final”.

“Que Deus ilumine os caminhos dessa nossa irmã em Cristo, que a justiça seja feita e a verdade prevaleça”, diz trecho da nota.

Além de Flordelis, foram presos seis filhos do casal, uma neta, um ex-PM e a mulher dele ,em operação deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em conjunto com o Ministério Público (MP-RJ).

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Polícia suspeita que Flordelis e marido foram a casa de ‘suruba’ na noite do crime

O caso Flordelis ganha cada vez mais contornos escatológicos e macabros. A nova componente aponta para a explosiva e fatal mistura de sexo, sangue e traição. No momento, a Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) suspeita que a deputada federal Flordelis teria ido à uma casa de swing, em Botafogo, na zona sul do Rio, para uma última noitada de amor com o marido, o pastor assassinado Anderson do Carmo.

A madrugada do dia do assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis dos Santos, ainda é motivo de apuração por parte da polícia.

No depoimento prestado à polícia, a deputada revelou que tinha ido à Copacabana com o marido, contudo não soube informar o local exato do estabelecimento que ela disse ter comido petiscos com ele. As suspeitas são de que Flordelis não quisesse revelar a verdadeira localização do casal naquele dia.

Um gerente de uma boate de Botafogo em depoimento na DHNISG em junho deste ano confirmou que o casal frequentava o estabelecimento. A suspeita que o casal tenha ido a uma casa de swing consta em um relatório da DH do dia 1º de julho, produzido a pedido do Ministério Público estadual.

Em seu último depoimento à polícia, em maio deste ano, Flordelis voltou a afirmar que tinha ido com o marido em Copacabana. A deputada disse também que naquele dia [ela e o marido] foram para um local afastado, onde “namoraram” dentro e fora do carro.

Para a polícia, a deputada Flordelis é a mandante do crime. Ela não pôde ser presa por causa da imunidade parlamentar.

*Com informações do Extra-Rio