​Servidores do judiciário estadual também estão em greve no Paraná

judiciarioPelo jeito não é só no poder executivo comandado pelo governador Beto Richa (PSDB) que existem injustiças e reivindicações dos servidores. Começou na terça-feira (26) a greve por tempo indeterminado do judiciário paranaense.

Os servidores protestaram em frente aos seus locais de trabalho com faixas e carro de som, alertando a população sobre o movimento. Cerca de 70% das comarcas do estado estão fechadas com os servidores de braços cruzados.

As principais reivindicações são relativas a condições de trabalho haja vista que a reposição da data-base de 8,17% já foi encaminhada pelo Tribunal de Justiça para a Assembleia Legislativa.

A lista de pedidos dos servidores é grande e começa com a isonomia entre as carreiras dos servidores de 1º e 2º grau (1ª e 2ª instância), que já foi determinada pelo Conselho Nacional de Justiça, mas ainda não foi acatada pelo TJPR.

Além disso, os servidores pedem a regulamentação das relotações; gratificação de chefia para escrivães e secretários dos Juizados Especiais; enquadramento de escrivães das Varas da Família e Registros Públicos na tabela de vencimentos dos demais escrivães criminais e das Varas da Infância e Juventude; e mais uma longa lista de quase trinta itens que visa corrigir distorções e gargalos na administração dos processos judiciais.

O Blog do Esmael ouviu o coordenador-geral do Sindijus, José Roberto Pereira, que explicou as dificuldades por que passam grande parte dos servidores do judiciário.

Economia

Segundo o dirigente sindical, muitos servidores sofrem perseguições e assédio moral quando não conseguem cumprir com uma carga de trabalho muitas vezes excessiva. Os processos administrativos no 1o grau são instaurados e julgados pelo mesmo juiz, o que dificulta a possibilidade de uma defesa ampla e justa para os servidores, entre outros problemas.

Como se vê, o trabalho no judiciário estadual não é nenhum mar de rosas como muitos podem pensar, pelo menos para a base dos servidores que “carrega o piano” nas comarcas de primeiro grau espalhadas por todo o estado.

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