O governador de São Paulo e pré-candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB), nesta terça (27), deu uma declaração infeliz — para não dizer oportunista — acerca do atentado contra a caravana do ex-presidente Lula. Por conta dessa insensibilidade, o tucano foi alvejado por críticas nas redes sociais.
Alckmin relativizou o atentado a tiros contra a vida do petista e de integrantes de sua comitiva no Paraná. “Acho que eles estão colhendo o que plantaram”, afirmou.
Em 2015, quando morreu o filho de Alckmin num acidente de helicóptero, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e Lula divulgaram uma nota de pesar e de solidariedade com o pré-candidato do PSDB.
“Ele se diz cristão? Bela preparação da Semana Santa defender a violência. Ai de ti, fariseus do templo!”, ironizou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).
O presidenciável do PSOL Guilherme Boulos também não poupou o governador paulista: “Declaração de Alckmin sobre os tiros contra a caravana de Lula é praticamente um aplauso ao fascismo.”
“Comentário de Alckmin sobre atentado contra Lula é inacreditável. Justifica o fascismo, tenta tirar casquinha da barbárie e ganhar votos da extrema direita. É um irresponsável!”, protestou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que Alckmin mostra total irresponsabilidade ao incentivar atos de ódio, intolerância e violência. “É hora de defendermos a democracia e não de incentivar atos fascistas”, pregou.
“Absurdo inaceitável.Alckmin não condenou e ainda achou q o ataque a tiros à caravana de Lula é o PT “colhendo o q plantou”.O “santo” agora é conivente c/atitudes fascistas?”, perguntou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
Resumo da ópera: Alckmin não é solidário nem no câncer — e mesmo assim quer ser presidente do Brasil.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.