Péricles Mello: ‘O Povo não aguenta mais um pacotaço de Beto Richa’

O pacato deputado Péricles (PT), adepto da cultura da paz, perdeu a paciência com os sucessivos pacotes de maldade do governador do Paraná Beto Richa. Para o parlamentar petista, o povo não aguenta mais um pacotaço do tucano.

As novas medidas que sacaneiam o povo e os servidores públicos foram aprovadas nesta quarta-feira (9) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa.

“O pacotaço pune de forma cruel professores e educadores sociais das penitenciárias e dos centro sócio-educativos, como o Cense que existe em Ponta Grossa e outras cidades, explica o deputado. Segundo ele, professores que ganhavam uma gratificação de três mil reais vão ter esse benefício diminuído para cerca de um mil reais.

“Esses educadores que atuam junto à população carcerária executam um trabalho de risco, que exige muito psicologicamente e fisicamente. Com o projeto terão perda de 78% em suas gratificações. Isso é um absurdo porque a legislação e a Constituição brasileiras não permitem que o Estado diminua salários”, critica Péricles.

Abaixo, leia o desabafo enviado ao Blog do Esmael pelo deputado Péricles Mello:

Sobre o novo pacote de maldades do governo

Economia

O governo do Paraná enviou mais um pacote de maldades para aprovação da Assembleia Legislativa do Paraná.

É um novo retrocesso conservador com mais retirada de direitos. Um ajuste fiscal feito nas costas do servidor público, que foi eleito por esse governo como o grande bode expiatório da crise pela qual passa o país.

O governo Beto Richa repercute o retrocesso conservador feito pela União com mais uma série de projeto absurdos. São projeto autoritários em que o governador pede que a Assembleia o autorize a definir por decreto uma série de questões graves.

Além disso, o projeto pune de forma cruel professores e educadores sociais das penitenciárias e dos centro sócio-educativos, como o Cense que existe em Ponta Grossa e outras cidades. Professores que ganhavam uma gratificação de três mil reais vão ter esse benefício diminuído para cerca de um mil reais. Esses educadores que atuam junto à população carcerária executam um trabalho de risco, que exige muito psicologicamente e fisicamente. Com o projeto terão perda de 78% em suas gratificações. Isso é um absurdo porque a legislação e a Constituição brasileiras não permitem que o Estado diminua salários.

Hoje, na Comissão de Constituição e Justiça votamos contra o projeto porque além de ser uma atitude cruel do governador contra os educadores é uma atitude ilegal, que dá ao governador amplos poderes.

Nesse mesmo projeto, o governador suspende por três anos concursos públicos para várias categorias. É o caso, por exemplo, dos policiais militares. Ou seja, será que o Paraná consegue ficar, com essa crise que nós temos na segurança pública, com essa violência que o Brasil atravessa e o Paraná também, sem contratar soldados durante três anos?

Votamos contra na CCJ e vamos lutar no plenário para que esse projeto não seja aprovado.

Outra coisa é o regime de urgência. O governador manda esses projetos sem discutir com ninguém, nem com as categorias que serão prejudicadas, e exige que os deputados votem muito rapidamente, tanto que nós tivemos apenas 24 horas do nosso pedido de vistas. A CCJ já aprovou, agora vai para a Comissão de Orçamento e logo vem ao plenário. Provavelmente na próxima semana serão votados esses projetos.

Estamos dialogando com as categorias prejudicadas que já vieram nos procurar. Hoje li em meu voto em separado, na CCJ, um parecer do coordenador dos policiais militares do Paraná, onde a categoria mostra a indignação contra o governo por parte da Polícia Militar.

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