Vereadores irão de camburão à ‘sessão bandida’ da Câmara de Curitiba

Foto: Carolina Pompeo.
Temendo a reação da população, alguns dos 38 vereadores deverão ir à votação do pacotaço do prefeito Rafael Greca (PMN), na manhã desta segunda-feira (26), de carona num camburão da Polícia Militar.

O medo da reação popular fez os vereadores mudarem o local da votação para a Ópera de Arame, no bairro Abranches — um local ermo, a 7km da Câmara Municipal de Curitiba. Os milicianos já fecham as ruas que dão acesso ao teatro.

A PM não confirma o transporte dos vereadores, embora a instituição tenha entrado no jogo político para garantir a aprovação do pacotaço do aliado de Richa.

O exemplo da carona no camburão vem da Assembleia Legislativa do Paraná.

Em fevereiro de 2015, na votação do confisco da previdência, 31 deputados estaduais, da base de sustentação do governador Beto Richa (PSDB), pegaram uma carona no caveirão da polícia militar para furar manifestação do funcionalismo.

Mobilização contra o pacotaço

Economia

Desde as 18 horas deste domingo (25), cinco sindicatos que representam os 33 mil servidores municipais da capital paranaense fazem vigília em frente à Ópera de Arame. À distância, eles são vigiados pela PM.

Os manifestantes contrários ao pacotaço de Greca também já convocaram concentração a partir das 7 horas da manhã desta segunda (26), no Parque São Lourenço. Dali eles pretendem marchar até o local de votação.

Crise política

Na semana passada, a Câmara Municipal de Curitiba suspendeu a sessão que votava o pacotaço em virtude de os servidores terem ocupado o plenário. Houve muita violência da PM contra os servidores municipais.

A seguir, assista ao vídeo da diretora de Comunicação Soraya Cristina Zgoda. Ela explica a situação na vigília desta noite:

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