Apesar de o ministro-relator Herman Benjamin apontar o voto pela cassação, a expectativa é que o TSE ofereça à sociedade uma grande pizza absolvendo Michel Temer.
A esse respeito o senador Roberto Requião (PMDB-PR) fulminou o espetáculo na corte eleitoral: “Que vergonha está sendo este julgamento do TSE”, tuitou.
Com a absolvição do ilegítimo ele continuará ilegítimo, ou seja, sem governabilidade. Não há no horizonte próximo que acredite que Temer continuará no governo mesmo que passe pelo “rigor” dos ministros do TSE.
Nesse ínterim, surgem chapas e nomes para uma suposta eleição indireta via Congresso Nacional. Um deles é o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes; outro seria o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) aliado ao ex-deputado Aldo Rebelo (PCdoB), que nega a articulação.
“O eleitor comum pode não gostar do desenrolar do julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, com a provável absolvição de Michel Temer. Mas o presidente da Corte está se saindo muito bem junto ao eleitorado que realmente lhe interessa: o baixo clero do Congresso”, escreveu nesta quinta-feira (8) o jornalista Fernando Rodrigues em seu serviço de notícias Drive.
Na análise de Rodrigues — de Maia, de Mendes, do mundo político, etc. –, Temer não resistirá às delações e às investigações da Lava Jato. O Tinhoso sobreviverá ao TSE, sucumbirá logo em seguida.
Entretanto, falta os golpistas e agregados combinar o desfecho da crise pós-Temer com os “russos”, isto é, o povo brasileiro. Segundo pesquisa Vox Populi/CUT, divulgada esta semana, nada mais nada menos que 90% dos brasileiros querem eleição direta para presidente da República.
A pizza, ou melhor, o julgamento, ou melhor, o espetáculo, continua nesta sexta-feira (9).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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