Rocha Loures queria a Itaipu. Qual o problema?

O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), preso desde 3 de junho, teve mensagens de texto recuperadas no celular e divulgadas pela PF. Nelas, provavelmente enviadas em 2014, o “homem-bomba” pede apoio ao então vice Michel Temer para conquistar uma diretoria na Itaipu Binacional. Qual o problema nisso? Nenhum, mas, para a velha mídia, o que vale é criminalizar a política.

O ex-assessor foi um dos pilares do golpe que derrubou a presidenta eleita Dilma Rousseff e, em tese, um dos responsáveis pela crise que atualmente assola o país.

Nunca é demais lembrar que setores da mídia, do Congresso e do judiciário foram cúmplices pela queda de Dilma, uma presidente honesta, e ascensão de Temer.

Dito isto, voltemos ao caso Rocha Loures.

Há um excesso de cinismo desses setores golpistas que vivem uma espécie de autofagia, uns comendo aos outros.

Ora, como o distinto leitor acha que o policial federal chega à cúpula da PF? Pedindo apoio, evidentemente.

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Como o procurador galga até à chefia do Ministério Público? Somente pedindo apoio de seus pares e dos políticos.

E os ministros do Supremo, como eles chegam até onde chegam? Só pela política.

Desmistificado isso tudo, não há nada de errado no fato de Rocha Loures pedir apoio político para nomeação na Itaipu. Pediu, mas não levou. Até porque, naquela época, 2014, quem ainda tinha a caneta era Dilma.

Setores da PF, da mídia e do judiciário, irresponsavelmente, a meu ver, tentam criar comoção em cima de fatos políticos criminalizando-os. Tal gincana desses atores, para enxovalhar Rocha Loures e a política, em perspectiva, coloca em xeque a seriedade do flagrante armado que vem sustentando sua prisão há quase um mês.

Se eles fazem isso com Rocha Loures, imagine, caríssimo leitor, o que não poderão fazer – além do que já fazem – com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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