Delação de Rocha Loures também teria potencial de detonar Sistema S

Já não se discute mais se o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), o manus longa de Michel Temer, irá aderir à delação premiada da Procuradoria Geral da República. O que se discute agora, após a prisão do ex-assessor do ilegítimo, é quando ela se dará.

Considerado homem-bomba no Palácio do Planalto, Rocha Loures pode pôr fim não só à agonia de um governo que se instalou para retirar direitos dos trabalhadores. Uma virtual delação também teria efeito explosivo sobre as entidades do Sistema S (SESI, SESC, SENAC, SENAI, dentre outras).

Foi Rocha Loures, o homem-bomba, quem “apresentou” o então vice-presidente Michel Temer à Federação das Indústrias de São Paulo, presidida por Paulo Skaf, igualmente investigado pelo recebimento propina na Lava Jato.

O ex-deputado do PMDB do Paraná é empresário do ramo da alimentação e o pai dele, Rodrigo Costa Rocha Loures, é presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade (Conic) da Fiesp (São Paulo) e já foi presidente da Federação das Indústria do Paraná (Fiep).

Durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff, em abril de 2016, falava-se abertamente que dirigentes da Fiep circulavam com malas recheadas de dinheiro pelos corredores da Câmara. Há pouco mais de um ano, o Blog do Esmael anotou essa denúncia vinda do gabinete do senador Roberto Requião (PMDB-PR).

Esta semana, o Sistema S voltou a ser notícia aqui nesta página. O Comitê Contra a Reforma da Previdência veiculou outdoors denunciando corrupção nas entidades patronais. “A corrupção no Sistema S pode ser maior que na Petrobras: R$ 30 bilhões”, diz o cartaz das centrais sindicais.

Economia

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