Servidores municipais impediram na manhã desta terça-feira (13) que o pacotaço do prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), fosse à votação no plenário da Câmara de Vereadores.
A Câmara informou que suspendeu a sessão que votaria o pacotaço devido à adesão dos trabalhadores concursados da Casa à greve e à pressão dos manifestantes.
Os 33 mil funcionários dos serviços públicos curitibanos estão paralisados desde segunda-feira (12), quando deram início ao movimento paredista.
Trabalhadores grevistas denunciam que vereadores agiram de forma truculenta para entrarem à força, esta manhã, usando carro para intimidar os servidores e jogando água e bombas nos manifestantes para tentar dispersar o movimento.
No meio da confusão, alguns vereadores se retiraram da Câmara Municipal e se recusam a votar os projetos por conta do autoritarismo do processo.
Entretanto, os sindicatos de servidores municipais dizem que suspender a sessão não é o suficiente.
“O pacote de ajuste fiscal deve ser retirado de tramitação”, reivindicam as entidades representativas dos servidores públicos municipais.
De acordo com o Sismmac e o Sismuc, que organizam a greve, os vereadores podem tentar aprovar os projetos do pacotaço de Greca a qualquer momento.
“Entre eles, está o projeto que permite o saque – já considerado inconstitucional pelo Projuris e Ministério da Fazenda – de 600 milhões do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Curitiba. Permitir a votação desse e de outros projetos ilegais do pacotaço é um absurdo e, por isso, os servidores estão se manifestando para garantir a manutenção dos direitos”, denunciam os sindicalistas.
O pacotaço de Greca guarda similaridades com os do governador Beto Richa (PSDB), que retiraram direitos dos servidores públicos estaduais.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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