Uma vez golpista, sempre golpista.
A OAB aprovou neste fim de semana o impeachment de Michel Temer.
A Ordem repete o mesmo gesto que fez contra Dilma há um ano.
Na época foi humilhada em público por Eduardo Cunha, chefe do golpe, e sofreu racha interno. Os advogados deram um “impeachment” na direção da entidade.
Mas a OAB ainda não tem coragem suficiente para propor uma saída verdadeiramente democrática ao país, como eleições Diretas Já.
A OAB virou uma espécie de cartório, dona do carimbo, virando às costas para a sociedade que lhe outorgou o papel de guardiã da Constituição e do Estado de Direito.
Infelizmente, a OAB tende a copiar as posições da Globo e do Sistema S que advogam eleição indireta via Congresso Nacional (sic). Afinal de contas, para eles, o golpe contra os trabalhadores não pode parar…
Portanto, mais um pedido de impeachment não é suficiente para redimir a OAB com a democracia e a Constituição que ajudou a rasgar.
PS: O presidente nacional da OAB Claudio Lamachia deveria homenagear publicamente o advogado curitibano Emerson Fukushima que, em dezembro de 2016, foi o primeiro profissional do Conselho Federal da Ordem a levantar a bandeira do “impeachment” já de Michel Temer.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.