A informação de que parentes de procuradores do Ministério Público estão representando réus em delações premiadas, na Lava Jato, é uma inequívoca prova de que a força-tarefa comandada pelo juiz Sérgio Moro virou uma suruba.
A penúltima diz respeito à defesa do publicitário João Santana que está sendo feita por Rodrigo Castor de Mattos, advogado criminalista e irmão do procurador Diogo Castor de Mattos, membro da força-tarefa da Operação Lava Jato.
Não se trata só de parentes de integrantes do MPF, mas a filha do próprio procurador-geral da República Rodrigo Janot também atua na defesa de empreiteira OAS envolvida na Lava Jato. É como a fábula do peixe, que começa apodrecer pela cabeça.
A mulher do ministro do STF Gilmar Mendes, igualmente, trabalha num escritório que defendeu — e tirou da cadeia — o empresário Eike Batista que estava preso em virtude da Lava Jato.
Recentemente, o jornalista Luís Nassif denunciou uma relação suspeita entre integrantes da Lava Jato, incluindo advogados do Paraná, na indústria das delações premiadas na Lava Jato.
O caríssimo leitor já percebeu que a indústria da delação premiada é uma verdadeira suruba nacional que deixa até Romero Jucá, o “Caju” nas planilhas da Odebrecht, corado de vergonha…
A Lava Jato virou uma suruba — reserva de mercado para alguns escritórios de advocacia — faz tempo. Só não vê quem não quer.
Portanto, saem os tradicionais criminalistas para a entrada dos lobistas no milionário esquema das delações premiadas.
Bem-vindo ao capitalismo, camarada!
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Comments are closed.