“Nem regime militar ousou tanto”, diz relatório da CUT sobre a reforma trabalhista

A CUT Nacional divulgou nesta quinta-feira (20) um detalhado relatório sobre a reforma trabalhista pretendida pelo governo Michel Temer (PMDB).

“Nem o regime militar, que instalou no país um modelo de acumulação de capital extraordinário ousou tanto”, opina a maior entidade sindical do Brasil.

A CUT analisou os seguintes pontos apresentados no PL 6787/16: ampliação da duração do contrato de trabalho temporário (de 3 meses para 6 meses); aumento da jornada do contrato por tempo parcial (de 25 para 30 horas semanais); a permissão para que 13 direitos fundamentais possam ser negociados entre patrões e empregados em termos piores do que prevê a CLT (o chamado negociado sobre o legislado); a criação do representante no local de trabalho sem caráter sindical e multa para combater a informalidade.

O documento afirma que o substitutivo apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), cuja tramitação se dará em regime de urgência, tem como objetivo geral aumentar o lucro das empresas, baratear os custos do trabalho e enfraquecer os sindicatos no Brasil.

Além de denunciar a precarização da mão de obra, o relatório da CUT identifica ataque “estrategicamente pensado” num momento de forte instabilidade e fragilidade política no país, de paralisia das instituições e descaracterização dos interlocutores institucionais e, principalmente, a dificuldade de reação sindical em meio a 13 milhões de desempregados.

Mesmo com a conjuntura desfavorável, a CUT se irmanou com as demais centrais sindicais na luta pela resistência ao desmonte do Estado Social. Exemplo disso é a greve geral nacional convocada para o próximo dia 28 de abril.

Economia

A seguir, leia a íntegra do relatório da CUT Nacional:

http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2017/04/PRIMEIRAS-CONSIDERAÇÕES-SOBRE-O-RELATÓRIO-DO-PL-6787-Versão-resivada-19abr17-2.pdf

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