O ex-presidente Fernando Collor de Mello sofreu impeachment, em 1992, devido ao pagamento de uma perua Fiat Elba com cheque fantasma de PC Farias.
O veículo que derrubou Collor custava algo em torno de cinco mil reais, se corrigido o valor pelo dólar seria hoje uns R$ 16 mil.
Agora é situação exageradamente mais gravosa para o ilegítimo Michel Temer (PMDB), segundo delações da Odebrecht.
O executivo Márcio Faria, número dois da Odebrecht, apontou esta semana Temer como responsável pela cobrança de uma propina de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 126 milhões, como contrapartida de 5% num contrato da área internacional da Petrobras.
“Totalmente vantagem indevida, porque era um percentual em cima de um contrato”, destacou o executivo da empreiteira ao detalhar a reunião que teve no escritório de Temer em 15 de julho de 2010.
“Michel Temer sentou na cabeceira” e tinha papel ativo na cobrança de propina, entregou o delator que se recorda ainda da participação de Eduardo Cunha e Henrique Alves no encontro.
O escândalo envolvendo Michel Temer chocou o mundo com repercussão na imprensa internacional, mas a mídia golpista brasileira ainda se faz de paisagem.
Por muito menos, uma Fiat Elba, Collor caiu em 1992.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.