Não precisa ter cérebro maior que uma azeitona para entender o motivo que levou o STF manter Eduardo Cunha (PMDB-RJ) preso na Lava Jato.
O ministro-relator da Lava Jato no Supremo Edson Fachin negou o prosseguimento de um habeas corpus protocolado pela defesa de Cunha em dezembro e que já havia sido rejeitado pelo ministro Teori Zavascki, morto na queda de um avião em janeiro.
Solto, Cunha é um perigo para seu comparsa de golpe Michel Temer (PMDB).
Afinal de contas, o STF é o guardião da Constituição [risos, muitos risos…].
Ao longo do mês de fevereiro, o ex-deputado ameaçou dar com a língua nos dentes — ou seja, entregando os ilícitos cometidos pelo ilegítimo.
Quando teve oportunidade, diante do juiz Sérgio Moro, Cunha foi na jugular de Temer.
O diabo é que Moro agira como advogado de Temer ao desqualificar o comparsa de Temer rotulando sua delação como “chantagem”.
Portanto, a tendência é que o ex-aliado continue preso e o “sistema” o deixe “depositado” na masmorra de Curitiba.
A prisão preventiva de Cunha foi decretada em outubro por Moro na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.