Gleisi rejeita acordo com golpistas

É mais fácil Gleisi Hoffman (PT-PR) liderar uma campanha pela prisão dos golpistas a apoiá-los para a eleição da mesa no Senado. Ela explicou sua posição:

O PT E AS ELEIÇÕES DAS MESAS DO SENADO E DA CÂMARA

Não há guerra nem crise. Há um debate político, democrático, sobre a conjuntura que vivemos e a posição que o PT deve adotar diante dela!

Defenderei que não haja composição com os partidos que atropelaram a Constituição e a democracia. Isso é muito mais importante do que ocupar algum espaço nas Mesas do Congresso Nacional neste momento!

COMO VEJO AS COISAS

O debate a respeito das eleições para a direção do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, que devem ocorrer na primeira semana de fevereiro, tem se intensificado. A cada dois anos temos essas eleições.

Economia

É normal haver negociações entre os partidos para que se observe o critério da proporcionalidade das bancadas, onde cada partido ocupa espaço correspondente à sua votação e o número de parlamentares.

Assim, um partido de oposição fazer acordo com partidos governistas para compor a Mesa Diretora não tem problema em si. Até porque grande parte do Congresso é governista em qualquer governo.

Mas acredito que neste ano será um erro do Partido dos Trabalhadores participar de acordos para a composição das Mesas e eleição dos presidentes nas duas casas.

O Congresso Nacional acaba de dar grandes demonstrações de desapreço para com a democracia, num processo que iniciou com o impeachment da presidenta Dilma, arrancada do poder sem a prática de qualquer crime.

Grande parte dos governistas de hoje eram governistas e aliados do governo comandado pelo PT. E trocaram de lado e principalmente de programa de governo da noite para o dia. Continuam patrocinando um processo de golpe contra a democracia, ao rasgar a Constituição de 1988 com a PEC 55 e atentar contra direitos elementares do povo brasileiro com a proposta de Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista.

Vivemos um período de anormalidade política e democrática. Ignorar isso, fazer acordo nessa conjuntura, é avalizar o golpe e a desconstrução do Estado de Bem Estar Social Mínimo construído a partir da Constituição de 1988. A garantia do espaço nas instâncias de cada Casa Legislativa, a que deveríamos ter sempre direito, não pode ser a condutora do nosso posicionamento político. O que deve nos mover é a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito e a denúncia da covarde destruição de conquistas trabalhistas e sociais mínimas que estão sendo patrocinadas pelo governo do golpe e seus apoiadores.

É muito importante que a Direção Nacional do PT assuma essa pauta e discuta com as bancadas parlamentares esse processo.

Defenderei que não haja composição com os partidos que atropelaram a Constituição e a democracia. Isso é muito mais importante do que ocupar algum espaço nas Mesas do Congresso Nacional neste momento!

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