Diretores da COMEC, órgão do governo do Paraná que gerencia (?) o transporte coletivo na região metropolitana de Curitiba, têm desmentido o chefe, o governador Beto Richa (PSDB), dizendo ser “impossível” reintegrar o transporte coletivo em 1º de janeiro de 2017 como prometeu o tucano.
Segundo Garganta Profunda de Londrina, informante do Blog do Esmael dentro do Palácio Iguaçu, os técnicos da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba têm afirmado que a reestruturação do transporte coletivo levará ao menos seis meses após a posse dos prefeitos.
Nas vésperas das eleições municipais deste ano, Richa prometeu aos prefeitos da região e ao de Curitiba, Rafael Greca (PMN), voltar com a Rede Integrada de Transportes (RIT) e o subsídio ao transporte público da capital no mesmo dia da posse dos eleitos.
O tucano tinha desintegrado o sistema de transporte em 2013 em virtude de desavença política com o ainda prefeito Gustavo Fruet (PDT). Richa cortou subsídio anual de R$ 64 milhões para o transporte integrado entre Curitiba e região metropolitana, e, por causa disso, o preço da tarifa do ônibus explodiu para cerca de 500 mil usuários/dias nesses últimos três anos.
Para o Garganta Profunda de Londrina, o mais famoso e competente X-9 das Américas, essa história de reintegração do transporte está com forte cheiro e possivelmente seja mais calote de Beto Richa.
O diabo nisso tudo é que a COMEC é um órgão governamental vinculado ao secretário Ratinho Junior (PSD), titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU). Ou seja, há aí, também, uma “desintegração política” dentro do governo do estado.
O nosso Julian Assange das Araucárias resumiu a ópera: “vai dar merda!”.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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