Por medo da estudante Ana Júlia, deputados cancelam audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná; assista

O deputado federal João Arruda (PMDB-PR), que havia proposto uma audiência pública para discutir as ocupações de escolas e universidades no Paraná, acusou nesta sexta-feira (4) a Assembleia Legislativa “censurar” o evento com os estudantes.

A audiência pública estava prevista para acontecer na próxima segunda-feira, dia 7, mas foi cancelada porque a ALEP não quis abrigar o debate.

Arruda disse que os deputados estaduais ainda estão “intimidados” por causa do recente discurso da estudante Ana Júlia Ribeiro, de 16 anos, que os acusou da tribuna daquela Casa de estarem com as “mãos sujas de sangue” em virtude da violência nas escolas. Abaixo, relembre o discurso realizado há pouco mais de uma semana:

“A maioria da bancada governista não quis fazer a audiência temendo uma invasão na Assembleia Legislativa”, afirmou Arruda.

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O deputado Toninho Wandscheer (PROS), coordenador da bancada federal paranaense, em nota, disse que “a falta de consenso foi devido à impossibilidade de usarmos o plenário da Assembleia para o evento. Essa negativa para usarmos o plenário nos foi comunicado pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB)”, que é líder do governo no legislativo estadual.

Segundo Arruda, o governo queria fazer uma audiência “chapa-branca”, coordenada por ele, no Colégio Estadual do Paraná.

“Em nenhum momento nenhum deputado federal questionou a audiência pública, mas apenas os parlamentares estaduais da bancada de sustentação de Beto Richa, que temiam uma invasão e ainda estão muito chocados com o discurso da jovem Ana Júlia”, complementou João Arruda.

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