Investigado por corrupção, tucano abre encontro da turma da Lava Jato em Curitiba

traiano_deltan_plautoO presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSDB), não se constrangeu em abrir nesta segunda (24) um encontro para discutir as ‘Dez Medidas Contra a Corrupção’ propostas pelo Ministério Público Federal. O tucano é investigado pela Justiça Federal pelo suposto desvio de R$ 50 milhões da construção de escolas públicas, conforme investigação do MP na Operação Quadro Negro.

“É uma honra receber o juiz federal Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, que encabeçam a operação Lava Jato, junto com a Comissão Especial da Câmara dos Deputados para discutir o projeto que cria medidas contra a corrupção”, disse Traiano, que na semana passada foi reeleito para mais dois anos na presidência da Casa.

A Lava Jato foi alvo hoje de uma veemente crítica do ministro do STF Gilmar Mendes, que também preside o TSE. Segundo ele, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, “o combate à corrupção e a Operação Lava Jato estão sendo usados ‘oportunisticamente’ para a defesa de privilégios do Judiciário, do Ministério Público e de outras corporações”.

O Congresso Nacional, que é quem vota as ‘Dez Medidas Contra a Corrupção‘, parece que tem outra ideia acerca do combate à corrupção no país.

Por iniciativa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), os parlamentares discutem medidas para conter abusos de autoridade do juiz Sérgio Moro e do MPF. Ou seja, o presidente do Senado rumo para o lado oposto da Lava Jato, isto é, para “estancar a sangria” das investigações como preconizou o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

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