Temer estuda jornada de 80 horas semanais para o trabalhador, por sugestão do sistema S

temer_cniSe o impeachment passar no Senado, o interino Michel Temer (PMDB) será convertido em presidente definitivo, mas continuará ilegítimo. Se avançar para essa etapa, ele estudará a adoção de 80 horas semanais de jornada para o trabalhador brasileiro. A proposta foi apresentada nesta sexta (8) pela Confederação Nacional da Indústria, CNI, que compõem o sistema S.

“Vimos agora o governo francês, sem enviar ao Congresso Nacional, tomar decisões com relação às questões trabalhistas. No Brasil, temos 44 horas de trabalho semanal. As centrais sindicais tentam passar esse número para 40. A França, que tem 36, passou para a possibilidade de até 80 horas de trabalho semanal e até 12 horas diárias de trabalho (na verdade, são 60 horas semanais). A razão disso é muito simples. A França perdeu a competitividade de sua indústria com relação aos demais países da Europa. Agora, está revertendo e revendo suas medidas, para criar competitividade. O mundo é assim e temos de estar aberto para fazer essas mudanças. Ficamos ansiosos para que essas mudanças sejam apresentadas no menor tempo possível”, pediu a Temer o empresário Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

Pela proposta que a CNI levou a Temer, se considerada a semana de cinco dias, a jornada dos trabalhadores subiria de 8,8 horas atuais para 16 horas diárias. Portanto, um retorno ao início do século XIX. Pretende a organização do Sistema S (bancado com recursos públicos) voltar para os idos de 1.888, época da escravidão no Brasil.

A reunião da manhã de hoje, que durou duas horas, também teve como pautas as mudanças na previdência (elevação para 70 anos a idade mínima para a aposentadoria) e nas leis trabalhistas, isto é, flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho — a CLT.

O interino Temer deixou o evento sem falar com a imprensa.

Com informações da Agência Brasil.

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Dorival Caymmi, interpretado por Alice Caymmi

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