Temer e Maia fazem acordo para enterrar na Câmara a CPI dos grandes sonegadores

temer_maia_carfO novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), preferiu jogar a sujeira dos grandes sonegadores debaixo do tapete. Claro, com a anuência do interino Michel Temer (PMDB). O sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou para o início de agosto o enterro da CPI do Carf, surgida a partir de investigações da PF na Operação Zelotes.

A Operação Zelotes, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2015, investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no Brasil. Em maio, o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, foi um dos peixes grandes indiciados.

Além do Bradesco, estão sob investigação da Zelotes: Ford e Mitsubishi (automobilístico), BR Foods (alimentício) (BR Foods), Camargo Corrêa (construção civil), comunicação (RBS, afiliada da Rede Globo no Sul) e os bancos/financeiras Opportunity, Safra, Santander, BankBoston, dentre outros.

A suspeita é que organizações atuaram entre 2005 e 2013 junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda, negociando votos de seus conselheiros para manipular processos e julgamentos, revertendo ou anulando multas.

O prejuízo ao erário pode superar R$ 20 bilhões, segundo estimativas mais conservadoras.

Para proteger grandes corporações e as sonegações bilionárias, a PF mudou o rumo das investigações para supostas vendas de Medidas Provisórias e investigar Luis Cláudio Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Lula. Essa mudança ganhou simpatia da velha mídia golpista.

Economia

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