O interino Michel Temer (PMDB) teve na madrugada desta quinta (14) o que se pode chamar de Vitória de Pirro. Ganhou, mas não levou a presidência da Câmara com a eleição de Rodrigo Maia (DEM).
A eleição de Maia com 285 votos se deu em virtude de uma coalização entre DEM, PSDB, PPS, PSB, PMDB, PT, PDT, REDE e PCdoB — inclusive com o Palácio do Planalto.
O diabo é que Temer, ao implodir o centrão, atraiu contra si 170 votos representados pelo derrotado Rogério Rosso (PSD-DF).
A implosão do centrão e a presidência “compartilhada” da Câmara com a esquerda, possivelmente, poderá significar que o fim da era Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está muito próximo.
No discurso de vitória de Rodrigo Maia, ele citou, além dos partidos de seu espectro político, lideranças tais como Aldo Rebelo e Orlando Silva, do PCdoB; Afonso Florence, do PT; Alessandro Molon, REDE, dentre outras.
O reflexo dessa eleição — e dessa análise — poderá ser testado na prática na retomada da reunião da CCJ, a partir das 9h30, que tenta cassar o mandato de Cunha.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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