Senado sob cerco da velha mídia golpista

bonner_globo_dilmaEngana-se quem acha que a última operação da Polícia Federal, a Custo Brasil, era para atingir o PT. Foi apenas um meio para iniciar o cerco ao Senado, de fora para dentro, na tentativa de assegurar o resultado favorável ao impeachment no mês de agosto.

Muito provavelmente, se o jornalista William Bonner da Globo disputasse uma eleição em colégio eleitoral restrito, como é o Senado, com 81 membros, sua probabilidade de derrota seria de 100%.

O moço global também levaria uma sova se concorre a síndico de um condomínio residencial qualquer, do mafioso Sistema S, de um sindicato, enfim, a mídia não tem votos para enfrentar os senadores num enfrentamento interno direto.

Então, como age a mídia golpista? Ela faz o cerco de fora para dentro nessas instituições. Busca apoio nos círculos sociais desses agentes, como família, funcionários, amigos, etc.

Não foi à toa que durante a votação do impeachment na Câmara, em abril, a esmagadora maioria dos deputados votou “pela mulher, pela família, pelo papagaio, pela amante…” menos pela decência e pela ética na política, contra a corrupção.

No íntimo, os parlamentares sabiam da “M” que estavam fazendo ao abrir caminho para o interino Michel Temer (PMDB) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) darem o golpe de Estado, mas, por pressão de seu círculo social, onde a mídia atuou com competência e impôs sua ideologia — que é a falsa representação da verdade –, prevaleceu idiotização midiática subsidiada pelo Facebook.

Economia

O espetáculo midiático da ação da PF na manhã de quinta-feira, que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), teve as finalidades de: 1- tirar a parlamentar de combate e 2- reativar os idiotas adormecidos pelo desastroso governo corrupto de Temer.

A infrutífera busca na sede do PT em São Paulo foi apenas simbólica cujo objetivo era fazer a fotografia para grudar o ódio nos integrantes do partido, portanto.

Note que essas operações da Lava Jato surgem sempre nas vésperas das votações no Congresso Nacional. Elas desequilibram o jogo no parlamento em favor do golpe de Estado. Foi assim na Câmara, em 17 de abril, e na primeira votação do Senado, em 12 de maio.

Por último, para refletir, também se engana quem acha que o pensamento democrático, contra o golpe, tem vencido o embate nas redes sociais. Nem no Facebook nem em lugar algum. O que assistimos é o “efeito manada” ativado pela Globo com o claro objetivo de fazer o cerco no Senado.

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