Gleisi faz chamamento para o “voto popular” ao destacar Casa da Mulher Brasileira de Curitiba

gleisi_mulheresA senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em artigo especial, nesta quarta (15), ao destacar a inauguração da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba — uma realização da presidente eleita Dilma Rousseff — fez um inédito chamamento ao “voto popular” (link para a proposta do plebiscito).

A parlamentar destaca no texto a importância da inauguração na proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade, “que significa proteção contra violência, abrigo contra opressão e apoio para recomeçar a vida”.

Gleisi condena ainda o interino Michel Temer (PMDB), a quem (des)qualifica como golpista, e faz um chamamento inédito afirmando que “o único caminho é a luta, a resistência e o voto popular”.

Ao apontar retrocessos, a senadora disse que o governo interino não tem sensibilidade em relação à causa das mulheres, por que foi levado ao poder de maneira ilegítima, e isso proporcionou o surgimento de fascismos e atitudes das piores que o ser humano pode demonstrar.

A seguir, leia a íntegra do artigo especial:

O respeito às mulheres é essencial à democracia!

Economia

Gleisi Hoffmann*

Hoje é um dia especial para todas as paranaenses com a inauguração da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba.

Graças à sensibilidade e determinação da presidenta Dilma, todas as capitais estão sendo contempladas com esse projeto, que representará um avanço significativo no atendimento de vítimas de violência.

Como ministra-chefe da Casa Civil, pude contribuir com a elaboração de iniciativas pioneiras, como o “Mulher Viver sem Violência”, lançado em 2013 pela presidenta Dilma Rousseff. Um dos principais eixos desse programa é a Casa da Mulher Brasileira. Acompanhei o nascimento desse projeto e todo empenho da ministra Eleonora Menicucci, da secretária da Mulher de Curitiba, Roseli Isidoro e do prefeito Gustavo Fruet, cujo apoio foi essencial para concretizar a parceria com o governo federal.

Hoje é gratificante ver o resultado do programa, que significa proteção contra violência, abrigo contra opressão e apoio para recomeçar a vida.

Essa iniciativa aliada a outras conquistas recentes, como a lei que tipifica o feminicídio, da qual fui relatora e que foi sancionada em março de 2015 pela presidenta Dilma, são fundamentais nessa luta pela defesa e valorização das mulheres. Fizemos muito, mas ainda não é o suficiente.

E é por isso que estamos muito preocupados com o país e, principalmente com as mulheres, daqui pra frente. Com o avanço de uma direita preconceituosa e um governo interino que não tem sensibilidade em relação à causa das mulheres, levado ao poder de maneira ilegítima, vieram à tona fascismos e atitudes das piores que o ser humano pode demonstrar. Sabemos que um governo que não pune e não luta contra esse tipo de crime, o autoriza. Que ter mulheres no poder não é uma questão decorativa, e sim para que se esteja representada nas instâncias de decisão uma parcela da sociedade que sofre coisas que a outra não sofre, ao menos não com a mesma frequência assustadora e com os mesmos contornos de submissão histórica.

Não nos sentimos representadas por esse governo golpista e, mais do que nunca, precisamos lutar contra os retrocessos de maneira coletiva, massificada, com políticas públicas, com mudança de cultura. O único caminho é a luta, a resistência e o voto popular.

*Gleisi Hoffmann foi ministra-chefe da Casa Civil do governo Dilma e é Senadora da República pelo Paraná.

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