A saída do Reino Unido da Zona do Euro representada pela sigla “Brexit” nada mais significou do que uma renúncia ao modelo de desenvolvimento neoliberal na União Europeia.
Os ingleses rejeitaram o modelo que reduz a presença do Estado da economia e, talvez, ambicionem reinventar o Estado Social na ilha.
O neoliberalismo econômico já desgraçou antes a Grécia, que teve de abrir mão de parte da soberania ao vender ilhas para pagar os juros da dívida, e a Espanha que ainda amarga um dos piores índices de desemprego do mundo.
O Brexit representa mais a falência do modelo econômico do bloco europeu do que um gesto de xenofobia em relação aos demais países em tempos de refugiados.
Faísca atrasada, o Brasil sob os auspícios do interino Michel Temer (PMDB) acelera rumo ao mesmo neoliberalismo que o Reino Unido rejeitou.
Após o impeachment, o golpista tende a radicalizar contra direitos adquiridos dos trabalhadores e conquistas sociais sobretudo nas áreas da saúde e da educação.
Portanto, Brexit é um alento à luta contra a insanidade e o endeusamento dos ditos mercados; a saída da Inglaterra da UE é importante ao Brasil porque sinaliza o erro das privatizações e a diminuição do Estado na economia e nos programas de proteção social.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.