Protestos contra o golpe de Temer voltam sacudir o país nesta sexta 13

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Fotos: divulgação/MÍDIA NINJA.

O governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) voltou a ser alvo de protestos nesta sexta-feira 13 em vários pontos do país. O primeiro registrado foi em Curitiba, a capital da Lava Jato, onde artistas ocuparam a sede do Iphan contra a extinção do Ministério da Cultura. Também houve manifestações em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, dentre outras cidades.

No Rio, sob a batuta da Frente Povo Sem Medo, de Guilherme Boulos, milhares ocuparam esta noite contra o golpe e o governo interino de Temer. A palavra de ordem do movimento é resistir e não recuar de direitos já adquiridos.

A ausência de mulheres no governo interino foi mostrada como praxe machista dos golpistas.

“Disseram que não tem problema não ter ministras mulheres, porque o Brasil não tem tempo a perder. Se o Brasil não tem tempo a perder, nós não temos tempo a Temer! Aquilo não é uma Esplanada de Ministérios, é uma casa grande”, discursou o deputado fluminense Marcelo Freixo (PSol).

Em Porto Alegre, cinco mil foram às ruas no final desta tarde — repetindo a mobilização de ontem (12), quando a Brigada Militar dispersou a multidão com bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes. Hoje, no entanto, não houve violência.

Em São Paulo, estudantes secundaristas fizeram uma pergunta ‘incômoda’ em faixas: “Tão com saudade da ditadura?”; ativistas do movimento negro também realizaram protesto em frente à sede da ‘branca’ Federação da Indústria de São Paulo (Fiep) neste 13 de Maio.

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Na capital paranaense, Curitiba, artistas, intelectuais, estudantes e professores ligados ao mundo da cultura ocuparam por tempo indeterminado a sede do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) contra a extinção do Ministério da Cultura. O movimento de resistência continua, conforme página no Facebook.

Para fechar o repolho, funcionários do Ministério da Educação ‘escracharam’ o novo ministro interino da pasta, Mendonça Filho (DEM-PE), durante cerimônia de posse nesta tarde. Ele foi recebido com vaias durante sua apresentação no palácio do Planalto. “O MinC é grande e não dá pra extinguir”, protestavam.

Como se vê, o governo ilegítimo de Michel Temer terá muito trabalho pela frente. Corre o risco de cair antes dos 180 dias previstos para o julgamento da presidente eleita.

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