O líder do PP na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), acabou de sair de uma reunião no Palácio do Planalto com o ministro da Secretaria Geral da República, Ricardo Berzoini. O parlamentar progressista estava acompanhado do colega Ricardo Barros (PR).
Ribeiro e Barros foram levar ao governo a decisão do partido pelo encaminhamento do “sim” em plenário, no próximo domingo (17), mas, contraditoriamente, informaram que não haverá retaliação aos deputados que votarem contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Dos 43 deputados do PP no exercício do mandato, os governistas contabilizam entre 15 e vinte votos contra o golpe.
O próprio Estadão, órgão de mídia alinhado ao golpe, estima que o governo poderá chegar a 213 votos em plenário.
“As contas mais reais, contudo, não chegam a 180, o que significa uma arriscada e estreita margem de segurança em uma votação tão importante. O voto aberto, em microfone, no plenário da Câmara, trabalha contra a presidente Dilma”, reconhece a publicação golpista.
São necessários apenas 172 votos para barrar a autorização para que o Senado abra o processo de afastamento da presidente da República.
Para a consumação do golpe, entretanto, a oposição precisará arregimentar 342 votos dos parlamentares — ou dois terços de 513 — um quórum matematicamente impossível de alcançar.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.