O senador Roberto Requião (PMDB-PR) previu continuidade da crise política caso o impeachment seja aprovado na Câmara. Ele dá, no máximo, três meses de vida para um eventual governo Michel Temer.
O senador explica por que o vice cairia rapidinho se assumir um governo golpista:
“Não se trata de impeachment, mas de precarização do Brasil, primarização da economia, privatização da saúde e educação, fim da Nação.”
Do alto de sua experiência, Requião sabe o que diz e a opinião dele já reverbera no Congresso Nacional.
Parlamentares sentem-se coagidos pela mídia golpista, por isso evitam se manifestar antes do voto em plenário no domingo (17).
Esses deputados “indecisos” buscam validar um discurso para a hora “H”.
Uma das saídas seria adotar o “padrão deputado Aliel Machado (Rede-PR)”, que se posicionou contra o golpe na comissão de impeachment, mas manifestou-se contra tudo e contra todos propondo a cassação da chapa Dilma-Temer.
Abaixo, algumas reflexões que os deputados fazem em Brasília:
1- um eventual governo Temer não dura três meses e, portanto, não oferece perspectiva para ninguém;
2- Eduardo Cunha, presidente da Câmara, pode ser preso logo após o impeachment (este é o script);
3- defender eleições gerais, não o golpe, por isso se considera:
a) abstenção em protesto;
b) faltar à votação em protesto contra tudo; e
c) esculhambar todos, propor eleições gerais, e votar contra o golpe.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.