Sérgio Moro encontra adversário à altura na República de Curitiba

Não vai ter golpe e não será um passeio como imagina o juiz Sérgio Moro, pois haverá disputa pela República de Curitiba na eleição deste ano; colunista Dante Mendonça, do blog Gazeta do Povo, neste sábado (25), lança o sambista, conservador e humanista Mazzinha para a peleja eleitoral com o chefe da Lava Jato; capital paranaense, como se vê, cria seus mitos, mas também se desfaz deles rapidamente; além do justiceiro tucano, a última agora é que o Japa da Federal – demitido da PF por corrupção – que tem o jaspion “grandão” em livrinho erótico lançado pela “Tenda Digital” (grupo cibercriminoso que atua nas trevas do governo do Paraná); abaixo, leia e saboreie o texto de Dante Mendonça (o mesmo autor que descobriu que um deputado borrara a calça no camburão, ano passado, no episódio do massacre de 213 professores em Curitiba).
“Não vai ter golpe” e não será um passeio como imagina o juiz Sérgio Moro, pois haverá disputa pela República de Curitiba — ou República do Grampo — na eleição deste ano; colunista Dante Mendonça, do blog Gazeta do Povo, neste sábado (25), lança o sambista, conservador e humanista Mazzinha para a peleja eleitoral com o chefe da Lava Jato; “Até dois anos atrás Curitiba tinha nove urbanistas a cada dez habitantes; hoje contamos com oito juristas em cada dez cidadãos”, observa o articulista; capital paranaense, como se vê, cria seus mitos, mas também se desfaz deles rapidamente; além do “justiceiro tucano”, a última agora é que o Japa da Federal – demitido da PF por corrupção – que tem o jaspion “grandão” em livrinho erótico publicado pela “Tenda Digital” (grupo cibercriminoso que atua nas trevas do governo do Paraná); abaixo, leia e saboreie o texto de Dante Mendonça (o mesmo autor que descobriu que um deputado borrara as calças no camburão, ano passado, no episódio do massacre de 213 professores em Curitiba).

Um prefeito para a República de Curitiba

por Dante Mendonça, no blog Gazeta do Povo

Não foi Luiz Inácio Lula da Silva que proclamou a independência da República de Curitiba. Muito antes de Sergio Moro tornar a cidade um paradigma da Justiça, Curitiba era exemplo de civilidade e planejamento urbano.

Num Brasil diferente – para lembrar o nosso saudoso Wilson Martins –, tudo nesta Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais deve estar no seu devido lugar. Se não está, temos humildade para reconhecer, é por falha nossa. Nós, os curitibanos, somos tão ordeiros que fazemos fila até para pular poça d’água; somos tão metódicos na loucura que as caminhadas peripatéticas do Vampiro de Curitiba têm hora marcada; somos de tal maneira avançados que nossos arquitetos fizeram da galeria da Praça Osório a primeira linha do metrô de superfície do Brasil; somos tão organizados que até dois anos atrás Curitiba tinha nove urbanistas a cada dez habitantes e hoje contamos com oito juristas em cada dez cidadãos, sendo que, dos dois restantes, um é urbanista e o outro é juiz.

Dentro desse contexto – com a “Cidade Sorriso” deixando de ser uma referência urbana para se consagrar como uma referência jurídica –, no fim do ano devemos escolher o próximo prefeito. O prefeito da República de Curitiba, com atributos de chefe de Estado.

Economia

Contando com o apoio de expressivo eleitorado de irrenunciável paixão curitibana, o Partido do Pão com Banha (PDPCB) vai lançar a candidatura de Carlos Fernando Mazza a prefeito da República de Curitiba. Oriundo de boa cepa de Paranaguá, Mazzinha só não é uma unanimidade na cidade por suas origens no Alto da Glória. Irmão do jornalista Luiz Geraldo Mazza, o candidato Pão com Banha é o filho mais novo de uma generosa família italiana que, como se fosse um paradoxal fenômeno genético, chegou a ser presidente da Escola de Samba Não Agite com apenas 17 anos.

Sem desmerecer o juiz Sergio Moro e ignorar a corrupção, Mazzinha tem o espírito talhado para empunhar a bandeira da República de Curitiba, com seus melhores defeitos e piores qualidades: bem-humorado, espirituoso, generoso, agregador, vacinado do mal da inveja e, principalmente, avesso à intolerância, o candidato do Partido Pão com Banha tem como uma de suas propostas de governo erguer no Passeio Público, o parque do coração da cidade, o Vagão do Armistício da República de Curitiba. Um centro de ressocialização política. Ponto de encontro de antagonistas, espaço democrático para reunir em torno de uma mesma mesa prós e contras, pica-paus e maragatos, carnívoros e vegetarianos, sogras e genros, coxas e atleticanos, petistas e tucanos. Versão revista e ampliada da Boca Maldita, desprovida de rancores e ressentimentos.

O segredo do bem-estar de uma cidade é o convívio das diferenças. Só a tolerância nos faz aceitar e tratar bem o vizinho de cerca, apesar dos seus defeitos. No atual deserto de virtudes, o Partido do Pão com Banha prega aos eleitores de boa vontade a palavra do Senhor: “Continuem a suportar uns aos outros e a perdoar uns aos outros liberalmente, mesmo que alguém tenha razão para queixa contra outro” (Colossenses 3,13).

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