O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), integra o listão da propina da Odebrecht. É a terceira vez que o tucano é citado em casos de corrupção, por isso deverá ganhar música no programa global Fantástico.
Tal qual seu correligionário de ninho, Aécio Neves (PSDB-MG), lista que se preze sem ele “não vale” (ou “sem eles”, dependendo do ângulo).
De acordo com a Vaza Jato, Richa teria amealhado junto a Odebrecht R$ 200 mil em 24 de setembro de 2010. A bufunfa não consta na prestação de contas ao TSE.
Richa já é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) investigar cobrança de propina na Receita Estadual do Paraná. O dinheiro arrecadado por fiscais abasteceu a campanha de reeleição do governador do PSDB, segundo denúncia da Operação Publicano do Ministério Público. Só aqui foi R$ 1 bilhão saqueado do tesouro estadual.
O terceiro esquema de corrupção envolvendo Beto Richa e seu governo tem a ver com roubo de recursos que seriam destinados à construção de escolas (Operação Quadro Negro). O dinheiro era repassado à empreiteira, mas a obra não saia do papel. Resultado disso: além do prejuízo ao erário, prédios carecem de reparos, faltam vagas aos alunos e as salas de aula estão superlotadas.
Em comum, além de denunciados e relacionados a malfeitos, Aécio e Richa, cada qual com seu respectivo papel, posam de vestais e “guardiões da moralidade”, contra o PT, e defendem o golpe contra a presidente Dilma Rousseff — mesmo não existindo nenhum ilícito cometido por ela.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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