Governo Richa tenta apagar da história massacre de 29 de abril

Nas redes sociais, "Tenda Digital" apresentou soldado manchado com tinta guache como sendo vítima de agressão de professoras; enquanto isso, na vida real, educadores eram vítimas de cães e bombas autorizadas pelo governador Beto Richa (PSDB); Ministério Público isenta policiais de culpa no massacre de 29 de abril; tentativa do tucano é apagar a história recente negando, inclusive, o confisco da poupança previdenciária dos servidores públicos do Paraná.
Nas redes sociais, “Tenda Digital” apresentou soldado manchado com tinta guache como sendo vítima de agressão de professoras; enquanto isso, na vida real, educadores eram vítimas de cães e bombas autorizadas pelo governador Beto Richa (PSDB); Ministério Público isenta policiais de culpa no massacre de 29 de abril; tentativa do tucano é apagar a história recente negando, inclusive, o confisco da poupança previdenciária dos servidores públicos do Paraná.
O governo de Beto Richa (PSDB) busca maneiras de apagar da história a existência do massacre de 29 de abril, quando 213 pessoas ficaram feridas em virtude da ação violência da Polícia Militar (PM), que reprimiu manifestantes contrários ao confisco de R$ 8 bilhões da poupança previdenciária dos servidores públicos do estado do Paraná.

Um dos primeiros passos do tucano foi conseguir absolvição da atuação PM no Centro Cívico, cuja vitória se expressa no parecer do promotor Misael Duarte Pimenta, da Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual, que considerou “exitosa” a aplicação de bombas, cães, spray de pimenta, tiros de balas de borracha, enfim, conteve “facções radicais” no protesto de educadores e funcionários públicos.

O Ministério Público (MP), ao pedir o arquivamento do Inquérito Policial Militar (IPM), afirma que a PM obteve êxito no cumprimento de ordem judicial que proibia manifestantes de adentrarem na Assembleia Legislativa. O parecer ainda diz que o deputado Rasca Rodrigues (PV) e o cinegrafista Luiz Carlos de Jesus, foram mordidos por cães, porque teriam “invadido” área restrita. Por fim, o MP contabiliza 31 policiais feridos com “achaques leves e levíssimos”.

O segundo passo para tentar modificar a história se deu em uma nota de esclarecimento marota da ParanáPrevidência, registrada ontem (14), aqui no Blog do Esmael, na qual o governo Richa nega que houve confisco da poupança previdenciária reservada ao pagamento de aposentadorias e pensões futuras. O órgão também jurou que o tucano não pretende privatizar a previdência estadual.

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