Retrato antidemocrático: Ao abraçar o golpe, PSDB despreza a História

do Brasil 247

Daqui a 50 anos, quando a foto de ontem, com FHC sentado no trono de sua vaidade, ladeado de seus seguidores, tiver se transformado apenas num retrato perdido no tempo, que imagem do PSDB terá ficado para a História? A do partido que implantou o Plano Real ou a de políticos frustrados que, após quatro derrotas em eleições presidenciais, decidiram abraçar um golpe contra a democracia brasileira, enfrentando a oposição de juristas, artistas, intelectuais, movimentos sociais e de 16 governadores? Entre a defesa da legalidade e a busca oportunista pelo poder (para Michel Temer, com o apoio de Eduardo Cunha, diga-se de passagem), tucanos optaram pela lata de lixo da História.
Daqui a 50 anos, quando a foto de ontem, com FHC sentado no trono de sua vaidade, ladeado de seus seguidores, tiver se transformado apenas num retrato perdido no tempo, que imagem do PSDB terá ficado para a História? A do partido que implantou o Plano Real ou a de políticos frustrados que, após quatro derrotas em eleições presidenciais, decidiram abraçar um golpe contra a democracia brasileira, enfrentando a oposição de juristas, artistas, intelectuais, movimentos sociais e de 16 governadores? Entre a defesa da legalidade e a busca oportunista pelo poder (para Michel Temer, com o apoio de Eduardo Cunha, diga-se de passagem), tucanos optaram pela lata de lixo da História.

O que restará do PSDB daqui a 50 anos, quando a imagem acima, registrada ontem, em Brasília, pelo fotógrafo Valter Campanato, tiver se transformado apenas num retrato amarelado, perdido no tempo?

Nela, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que já foi chamado de “príncipe dos sociólogos” brasileiros, senta no trono de sua vaidade e aparece ladeado por alguns políticos tucanos.

No canto direito de “Deus-pai”, quem demonstra maior intimidade é o senador Aécio Neves (PSDB-MG), hoje presidente nacional do PSDB. À esquerda, mais contidos, aparecem três governadores: Geraldo Ackmin, de São Paulo, Simão Jatene, do Pará, e Beto Richa, do Paraná. Todos hoje atravessam vales de impopularidade – Richa desde que sua polícia agrediu professores e Alckmin desde que sua PM agrediu estudantes.

No encontro de ontem, todos posaram para a História. Os tucanos, numa reunião da executiva nacional, fecharam apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Um impeachment que é um golpe contra a democracia brasileira por uma razão muito simples. Embora seja um processo político, previsto na Constituição, o impeachment não prescinde de um crime de responsabilidade. E os tucanos são incapazes de apontar o crime cometido por Dilma. Falam em ‘pedaladas fiscais’, mas sabem que nem as contas de 2014 – de um mandato anterior, diga-se de passagem – nem as de 2015 foram julgadas pelo Congresso Nacional, que é quem tem o poder legal de dizer se houve ou não descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Economia

Assim, um partido que já foi considerado um celeiro de intelectuais, decidiu se colocar contra a democracia e contra as forças organizadas da sociedade brasileira. Em defesa de Dilma, já se posicionaram os principais juristas do País – incluindo nomes à esquerda, como Celso Bandeira de Mello, e à direita, como Claudio Lembo –, os artistas, os intelectuais, os reitores das principais universidades e entidades representativas, como a União Nacional dos Estudantes e a Ordem dos Advogados do Brasil. Além disso, num movimento liderado pelo governador Flávio Dino, do Maranhão, 16 governadores assumiram a defesa da legalidade.

Depois de quatro derrotas em eleições presidenciais, os tucanos, sob o comando de FHC e Aécio, optaram por um caminho: o da infâmia, da desonra e da ilegalidade. Mesmo que promovam seu golpe, em parceria com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de cometer crimes em série, para entregar o poder ao vice-presidente Michel Temer, haverão de ser julgados pela História. E ela é sempre implacável com quem a despreza.

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