O governo Beto Richa (PSDB) foi à televisão, nesta quarta-feira (23), para justificar o por que do corte de R$ 100 milhões no orçamento do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), que estavam previstos para este mês de dezembro.
Segundo o secretário de Estado da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, o judiciário tem utilizado sobras orçamentárias para especular no mercado financeiro em detrimento da sociedade paranaense.
“Nós temos dificuldades enormes no Poder Executivo e temos visto aí algumas ‘ilhas de prosperidade’, esbanjando recursos públicos e com significativos recursos em caixa ou aplicados no mercado financeiro, em detrimento da população do estado do Paraná”, atacou o secretário, que age como alter ego de Beto Richa.
Para o deputado federal João Arruda (PMDB), coordenador da bancada paranaense no Congresso Nacional, a forma como o secretário de Richa denunciou esse caso é despeitosa com o judiciário paranaense. “Ele é um forasteiro que desrespeita nossas instituições locais”.
Segundo levantamento do tesouro do governo do estado, o Tribunal de Justiça tem quase R$ 1 bilhão aplicados em especulação; o Ministério Público do Paraná (MP) tem R$ 109 milhões em capital vadio; e o Tribunal Faz de Contas (TCE) outros R$ 101 milhões.
O presidente do TJPR, desembargador Paulo Roberto Vasconcelos, negou que o tribunal faça especulação bilionária no mercado financeiro, mas não convenceu o secretário de Richa, que reafirmou a denúncia que fez na TV contra o judiciário.
A seguir, assista ao vídeo com reportagem de Malu Mazza e Fernando Parracho na RPCTV:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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