Lei da mordaça contra professores e para que as escolas “não pensem” começa a tramitar hoje na Alep

mordacaO projeto de lei de autoria do deputado Gilson de Souza (PSC), em coautoria com mais doze parlamentares, que institui a mordaça nas escolas do Paraná começa tramitar hoje na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

O PL N° 748/2015 proíbe os professores do Paraná de falarem sobre política, religião ou sexualidade nas salas de aula. Os educadores que descumprirem o que determina o PL, estarão sujeitos a punições previstas no estatuto dos servidores. Há entre os parlamentares “talibans” quem defenda até a prisão de educadores que infringirem tal lei.

O projeto que surgiu na base de sustentação do governador Beto Richa (PSDB) sofre resistência inclusive de alguns deputados governistas, que já perceberam o tamanho do absurdo. A própria secretária de Educação, Ana Seres, já se posicionou contra em entrevista coletiva, afirmando que a “escola sempre será política”.

Mas não há nenhum movimento governista para barrar o projeto. Muito pelo contrário. Outras ações do governo, como os novos critérios de eleição de diretores de escolas, apontam no mesmo sentido, que é cercear as liberdades democráticas nas escolas públicas.

Agora é esperar a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de hoje e ver como se posicionam os deputados da “Bancada do Camburão”. No fim das contas, está não mão dos governistas a possibilidade de retrocesso do Paraná para os tempos da Idade Média e da Inquisição.

Além do deputado Gilson de Souza, assinam o projeto da mordaça: Hussein Bakri (PSC), Pastor Edson Praczyk (PRB), Missionário Ricardo Arruda (PSC), Claudio Palozi (PSC), Paranhos (PSC), Artagão Junior (PMDB), Cantora Mara Lima (PSDB), Elio Rusch (DEM), Cobra Repórter (PSC), Tião Medeiros (PTB), Wilmar Reichembach (PSC) e Schiavinato(PP).

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