Os sindicatos de servidores de Curitiba (Sismac, Sismuc, Afisc e Sigmuc) estão se mobilizando para tentar barrar a tentativa do prefeito Gustavo Fruet (PDT) de se apropriar do dinheiro das aposentadorias.
O prefeito apresentou em outubro uma proposta para reduzir o valor do repasse mensal feito ao Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC). Pelos cálculos dos sindicatos, o prefeito quer cortar R$ 10 milhões do repasse mensal ao IPMC.
Para embasar a proposta, a Prefeitura afirma que IPMC é superavitário. Mas os sindicatos questionam que o Instituto ainda não pagou os novos planos de carreira para aposentados e pensionistas por falta de recursos. Com o corte no aporte municipal, os servidores temem que todas as aposentadorias futuras sejam inviabilizadas.
A proposta da Prefeitura de Curitiba é similar ao confisco protagonizado pelo governador Beto Richa (PSDB), que meteu a mão na aposentadoria dos servidores estaduais para engordar o caixa do governo estadual. Na ocasião, a mobilização dos servidores foi debelada de forma criminosa pelo governo através da PM no evento que ficou conhecido como o massacre de 29 de abril.
No mês passado, a secretária de Finanças Eleonora Fruet prometeu que não iria “pegar” o dinheiro da previdência dos servidores municipais. A declaração foi uma tentativa de se diferenciar do governo estadual, mas pelo jeito, segundo os sindicatos, foi pura demagogia.
Para barrar o confisco municipal das aposentadorias, os servidores estão convocando uma assembleia unificada para o dia 18 de novembro. Eles sinalizam com a possibilidade de greve geral, caso Fruet insista em meter a mão no IPMC.
Leia a minuta do Projeto de Lei da alteração do IPMC:
http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2015/11/530_Projeto_de_Lei_-_IPMC.pdf
Com informações do Sismac e Sismuc.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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