A temperatura voltará a subir nos próximos dias na região do Centro Cívico, pois o empresário Eduardo Lopes, ex-dono da empreiteira Valor, pediu para fazer delação premiada na operação “Quadro Negro”, do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce).
O empresário ficou preso uma semana acusado de desviar R$ 30 milhões recursos que seriam destinados para a construção de escolas.
Além do ex-dono da Valor, outras quatro pessoas tiveram prisão decretada (todos já estão soltos), entre elas o ex-diretor de Diretoria de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Secretaria da Educação (SEED), Maurício Jandoi Fanini Antonio, amigo do governador Beto Richa (PSDB).
Pois bem, Eduardo Lopes procurou nesta sexta-feira (29) o advogado dele, o criminalista Claudio Dalledone Júnior. O empresário pediu para “colaborar” com a Justiça, pois, de acordo com uma fonte do Blog do Esmael, o acusado diz que não quer voltar para a cadeia.
“Eu não volto para a cadeia porque não peguei o dinheiro”, jurou o empreiteiro.
Sem entrar no mérito da acusação, que é grave, há quem defenda que as grades da Assembleia Legislativa sejam reforçadas e transformadas numa “prisão” porque a bronca teria participação direta de deputados.
Agora a pergunta que não quer calar: o advogado Dalledone, que não costuma afrouxar o sutiã, intermediaria uma delação premiada capaz de implodir o Centro Cívico? Ele nunca negociou algo parecido antes. A conferir.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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