A mensagem de reajuste do funcionalismo estadual enviada na semana passada pelo governador Beto Richa (PSDB) à Assembleia Legislativa já foi rejeitada pelos professores e servidores, pois, segundo eles, que entram hoje no 35º dia de greve, não cumpre a lei da data-base e tenta enganar a todos jogando a reposição da inflação para o segundo semestre e o início do ano que vem.
Um dos pontos que está chamando a atenção, é a “extinção” do piso nacional dos professores, que passa a ser aplicado somente no início da tabela, não estendendo-se aos demais níveis da carreira (abaixo, leia a íntegra do projeto tucano). Essa manobra causará novamente um achatamento nos vencimentos dos professores.
O debate e o impasse voltam nesta segunda-feira (1º) ao plenário da Assembleia Legislativa com transmissão ao vivo pelo Blog Esmael, a partir das 14h30, em parceria com a TV 15.
Ouça a opinião de Marlei Fernandes, da APP-Sindicato:
Ou seja, na medida em que o piso acompanhar a inflação e os demais níveis não, como é o caso da mensagem enviada pelo governo para a Assembleia, a carreira deixa de fazer sentido, pois todos os níveis acima do piso vão perdendo poder aquisitivo, sendo achatados.
Além disso, a transferência da data-base para janeiro tem motivação estratégica. Como é período de férias dos professores e de grande parte do funcionalismo não há como promover mobilizações ou greves. O governador estará “livre” para fazer o que quiser.
Essa armadilha teria sido inserida na mensagem pelo secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, interventor nacional do PSDB nas finanças do Paraná.
O líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), jura que essas cascas de bananas serão removidas do texto governamental.
Leia a íntegra do projeto do governador Beto Richa:
Link alternativo para o arquivo clique aqui.
http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2015/06/mensagem_richa_database.pdf
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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