Greve dos professores e servidores perto do fim? Depende de Richa

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Chegando ao 36º dia da segunda greve do ano, os professores e servidores da rede pública estadual se mantêm firmes no propósito de dobrar a intransigência do governador Beto Richa (PSDB) e sua equipe liderada pelo secretário da Fazendo, Mauro Ricardo Costa, interventor nacional do PSDB nas finanças do Paraná.

Caminham juntos nesta batalha os professores e servidores das universidades estaduais, também em greve há mais de um mês. E mais recentemente, uniram-se ao movimento os servidores de outras categorias como a saúde, agricultura, meio ambiente e socioeducadores; sem falar nos agentes penitenciários que foram proibidos de fazer greve pela justiça, mas que estão presentes no movimento.

Nesta segunda-feira (1º) aconteceu um fato curioso. Os professores em greve foram protestar em frente a Secretaria de Educação (SEED) e ao chegarem no local, os servidores do órgão abandonaram o prédio às pressas por ordem da titular. Eles acharam que o prédio seria ocupado pelos manifestantes, mas isso não aconteceu.

Já nas universidades estaduais, em função da greve, os calendários acadêmicos estão suspensos e devem ser refeitos quando o movimento terminar. Também por causa da greve, o Conselho de Administração da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) aprovou nesta segunda-feira a suspensão temporária do Vestibular de Inverno 2015.

A negativa da base governista na Assembleia Legislativa em votar na tarde de ontem (1º) a mensagem de reajuste enviada pelo governo do estado é uma mostra de que o isolamento do governador é cada vez maior. A proposta costurada pelos deputados e devolvida ao executivo garantindo os 8,17% ainda em 2015 não é ideal, pois leva o parcelamento até dezembro, mas é melhor do que a proposta do governo já rejeitada pelos servidores.

Economia

Agora a bola está novamente com Beto Richa e sua equipe. Não há justificativa de restrição pela lei de responsabilidade fiscal, nem de baixa arrecadação. O governo só não termina a greve se não quiser. Mas até parece que não quer mesmo.

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