Richa pode ter massacrado professores “por nada”; MP pede suspensão do confisco da previdência

richa_mp_confiscoO governador Beto Richa (PSDB) pode ter dado um tiro no próprio pé, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, edição deste sábado (9). De acordo com reportagem da jornalista Estelita Hass Carazzai, o Ministério Público pediu a suspensão da lei que confisca a poupança previdenciária dos servidores públicos do Paraná.

Ou seja, o governador tucano pode ter determinado o massacre dos professores no último dia 29 de abril “por nada” — caso o Tribunal Faz de Contas do Estado (TCE) acate pedido de cautelar formulado pela totalidade dos procuradores do MP.

O governador Beto Richa disse ontem (8) em entrevista à imprensa que “não tem ninguém mais ferido que eu”, depois de 9 dias do massacre no Centro Cívico. Ele vinha mantendo silêncio sepulcral acerca da covardia contra os educadores.

Na sociedade e na frente política também cresce o movimento pelo cancelamento da sessão que aprovou o confisco da previdência dos servidores públicos do estado. Portanto, o esforço de 31 deputados que votaram com o Palácio Iguaçu — e contra a voz das ruas — pode ter sido em vão.

Para o deputado estadual Professor Lemos (PT), não basta o governador do PSDB ter demitido Fernando Francischini da Segurança Pública e Fernando Xavier – a viúva Porcina, que foi sem nunca ter sido – da Educação. “É preciso reverter o confisco da previdência”, disse ao Blog do Esmael.

Na mesma linha que o parlamentar opina Reinaldo de Almeida César, especialista de Segurança Pública e Cidadania, colunista do Blog do Esmael. “Agora falta o governador Beto Richa ‘revisar’ o confisco da poupança previdenciária e discutir a data-base com os professores”, sugeriu na manhã desde sábado (9) em análise especial.

Economia

Para Almeida César, houve exagero semiótico e impropriedade na frase “não tem ninguém mais ferido que eu” — proferida ontem pelo governador Beto Richa. “Arrisca virar meme na web”, palpitou o especialista.

A proposta do governador aprovada na sessão da Assembleia Legislativa no dia 29 de abril, em regime de urgência, prevê a transferência de 33 mil servidores aposentados, hoje pagos pelo tesouro estadual, para o fundo da Paranáprevidência. Isto significa que, em um ano, a poupança previdenciária será descapitalizada em R$ 2 bilhões e, em menos de três anos, ficaria inviabilizada.

Para complicar ainda mais a vida de Richa e dos “deputados do camburão”, o Ministério da Previdência promete para a próxima segunda-feira (11) um parecer contrário ao confisco do dinheiro dos servidores paranaenses.

Leia a íntegra da cautelar do Mistério Público do Tribunal de Contas:

http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2015/05/cautelar_PREV.pdf

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