Richa manda recado aos professores: “Eu sou um político ético”

richa_uolTemendo agressões e sem condições de circular pelo Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) buscou exílio político em Brasília. O tucano evita circular em público no estado. Tarefas como ir ao barbeiro ou tomar café na padaria da esquina nem pensar. Viraram martírio. Em algumas cidades importantes, o político paranaense é mais rejeitado que satanás com astronômicos 95%.

Beto Richa está pagando o preço pelas escolhas erradas que fez. Primeiro promoveu tarifaços (água, luz, IPVA, ICMS, etc.) por meio “tratoraço” na Assembleia, enfiou os deputados dentro de um camburão para confiscar direitos de servidores e mandou “meter bomba” em professores cuja categoria é majoritariamente feminina. Portanto, uma covardia sem precedentes.

“Eu sou um político ético”, disse o governador paranaense em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, no portal UOL (clique aqui para ler na íntegra), como se olhasse nos olhos dos educadores em greve há 26 dias. “Os salários que eu pago pros professores do Paraná é um dos maiores do Brasil”, repetiu o tucano, sem se importar com a verdade.

Depois de aconselhar-se com os correligionários Aécio Neves e FHC, o tucano paranaense começou a agir como biruta de aeroporto.

Na entrevista ao UOL, Beto Richa acusou seus adversários políticos de instigar os manifestantes contra seu governo num trio elétrico. Ele apontou ontem (20) o PT como responsável pelos protestos no Paraná, hoje (21) atribuiu a mobilização das massas ao senador “black bloc” e “maluco” Roberto Requião (PMDB).

Ao comentar pedido de impeachment protocolado pelo blogueiro e advogado Tarso Cabral Violin, o governador afirmou que “não reconheço a autoridade moral desse sujeito” a quem classificou como “petista de carteirinha” e ex-funcionário de Requião.

Economia

Richa se esquivou das denúncias de corrupção e propina na Receita Estadual. Também desqualificou o auditor fiscal Luiz Antonio de Souza que, em delação premiada, disse ter repassado R$ 2 milhões oriundos de propinas para a reeleição do tucano.

Sobre a prisão do primo Luiz Abi Antoun, investigado como chefe de uma quadrilha que atua no governo do estado, Richa deixou-o mais distante ainda: “é um parente de sétimo grau”.

Para quem não tem estômago para ler ou assistir a entrevista inteira, vai aí um resumo: Beto Richa novamente culpa terceiros pela roubalheira e escândalos no governo do Paraná.

Pela lógica do tucano, Luiz Abi é primo de Requião; o ex-chefe de fiscalização da Receita, Márcio Albuquerque Lima, seu parceiro de 500 Milhas, foi indicado pelo cargo de confiança pela senadora Gleisi Hoffmann (PT); o Ministério Público e o Gaeco estão infestados de petistas; e que os culpados pelo massacre dos professores, em 29 de abril, foram os próprios que entraram debaixo das bombas que caiam do céu.

Enfim, o governador Beto Richa jura de pés juntos que é #inocente.

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