R$ 2 milhões roubados da Receita Estadual pagaram a reeleição de Richa

richa_sefa_abiO governador Beto Richa (PSDB) recebeu R$ 2 milhões para campanha de reeleição cuja origem era roubada da Receita Estadual. A informação foi obtida pelo Ministério Público por meio de delação premiada do auditor Luiz Antônio de Souza, preso em março pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Segundo o delator, o ex-inspetor-geral de fiscalização da Receita, Márcio Albuquerque de Lima, que esteve preso até ontem, era companheiro do governador do PSDB nas corridas de 500 Milhas, em Londrina. Era ele quem ordenava os desvios que irrigavam o caixa de campanha reeleitoral do tucano.

O blog Baixo Clero, do jornalista londrinense Fábio Silveira, registra que além de Richa, dois candidatos a deputado estadual e um a deputado federal teriam sido beneficiados pelo esquema, que consistia em sonegar impostos de grandes devedores em troca de propina.

Albuquerque Lima operava as propinas na Receita mancomunado com o lobista Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa, de acordo com depoimento de Souza. O parente do governador também esteve preso em março por fraude em licitação no governo do estado.

Com as novas revelações, dificilmente o governador Beto Richa escapará de um processo de impeachment. Na terça-feira, dia 19, cerca de 30 mil pessoas marcharão nas ruas de Curitiba exigindo “Fora Beto Richa, impeachment já!”.

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