Violência e tensão no segundo dia do cerco à Assembleia do PR

confrontoEsta terça-feira (28), segundo dia de batalha da Assembleia, está sendo tensa e violenta para os servidores acampados no Centro Cívico, em Curitiba. E a confusão começou já na madrugada.

Mal passava de uma hora quando a polícia avançou sobre o acampamento dos servidores sob pretexto de remover dois caminhões de som. Houve confronto e a PM usou bombas de gás lacrimogênio. Oito manifestantes ficaram feridos. Os dois caminhões foram guinchados e foram bastante danificados.

Ao amanhecer, por volta das seis horas, outro caminhão de som foi levado ao local pelos manifestantes, mas a polícia impediu o acesso às imediações da Assembleia Legislativa. Os motoristas foram ameaçados de prisão e desistiram de acessar o local.

Durante a manhã, o clima voltou a esquentar e houve confronto. A polícia usou novamente bombas de gás e disparou jatos d’água contra os manifestantes. A confusão durou cerca de cinco minutos e foi contida pela direção do movimento que pediu calma, e pela intercessão de deputados de oposição, pedindo aos comandantes da PM para que as tropas recuassem.

Mesmo com uma liminar conquistada pela APP-Sindicato garantindo o acesso do público às galerias, e com um Habeas Corpus coletivo obtido pela União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), que determina a retirada do cerco da polícia, a Assembleia continua cercada e a sessão de hoje também ocorre com as galerias vazias.

Mas o projeto gerador da polêmica, que prevê o confisco da previdência dos servidores, não vai a plenário hoje. Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no começo desta tarde, o deputado Péricles de Melo (PT) pediu vistas e deverá devolver o texto na próxima reunião comissão: amanhã de manhã.

Economia

Se nada mais atrasar a tramitação, o projeto da discórdia poderá ir para votação nesta quarta-feira (29) à tarde.

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