Policiais viajam até 9 horas para participar de cerco na Alep sem receber diárias

Informações do Portal Bonde e do site MaringáNews

pmsPoliciais militares que deixam as suas cidades de origem para integrar operações em outras localidades do estado têm direito a R$ 180 por dia para custear estadia e alimentação. Entretanto, os homens do interior paranaense que participam do cerco policial no Centro Cívico, em Curitiba, nesta segunda-feira (27), viajaram para a capital sem receber as diárias.

Segundo o site MaringáNews, policiais da região de Maringá, que vieram com a missão de garantir o confisco pelos deputados da previdência na Assembleia, levaram calote do governo Beto Richa (PSDB) nas diárias. Constrangidos, eles tiveram de deixar o Íbis Hotel, no Centro Cívico, por falta de dinheiro para a hospedagem.

Denúncias recebidas pela Associação dos Praças do Paraná (Apra-PR) dão conta de que alguns policiais viajaram por até nove horas para participar da operação em Curitiba. “Alguns deixaram as suas cidades dirigindo as viaturas e passaram a noite sem dormir. Isso é inadmissível”, destacou o presidente da Apra-PR, Orélio Fontana Neto, em entrevista ao Bonde.

De acordo com ele, os policiais estão precisando tirar dinheiro do próprio bolso para se manter na capital. “Eles não têm o que comer e não sabem onde vão dormir”, observou Fontana, acrescentando que o Centro Cívico não possui o mínimo necessário de estrutura para obrigar os PMs. “Os policiais não têm banheiros à disposição e há confusão durante a troca de turnos. Seria cômico se não fosse trágico”, criticou.

Conforme Fontana, mais da metade dos cerca de 1,1 mil policiais destacados para fazer o cerco no Centro Cívico veio do interior do estado, muitos deles do 5.º Batalhão de Londrina. “São homens sem condições de estar onde estão”, argumentou.

Economia

Outro ponto ressaltado pelo presidente da Apra envolve policiais que estariam desconfortáveis enquanto integrantes do cerco policial. “Ele saiu de sua cidade de origem para encontrar, na operação, o professor de seu filho, que também está na capital participando dos protestos”, explicou.

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