Governo recua de urgência, mas não desiste do dinheiro da Previdência

Previdencia_ALEP_ProfsO governo Beto Richa (PSDB) quer resolver seu problema de caixa a custas dos recursos do fundo previdenciário dos servidores do Paraná. Ontem (13), o tucano recuou do “regime de urgência” para tramitar o projeto, mas não desistiu de confiscar mensalmente R$ 140 milhões da poupança do funcionalismo estadual.

Ato contínuo, hoje, às 13h30, por iniciativa do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder de Richa na Assembleia, o criador da Paranáprevidência, Renato Follador, vai à CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) defender o novo modelo proposto pelo Palácio Iguaçu.

Romanelli acredita que já dobrou a resistência do Fórum de Entidades Sindicais (FES) ao novo texto do projeto, entretanto, nesta terça (14), ao menos quatro universidades estaduais paralisaram suas atividades em advertência à tungada na poupança previdenciária.

Paralelamente à correlação de forças nas entidades e nas ruas, há também o jogo nas bancadas da Assembleia. O líder governista tem enfrentado resistência dentro do PMDB, o que é natural, e nos partidos da base aliada — a exemplo do PSDB e PV — que ameaçam não acompanhá-lo nas votações de interesse de Richa.

A bancada do camburão, aquela formada pelos 34 deputados que pegaram carona dentro do caveirão da PM, além de reclamar da escassez da quirela distribuída pelo governo, também teme consequências “desastrosas” para seus mandatos se continuarem votando contra a opinião pública e os servidores.

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