A vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PROS), agiu esta semana em Brasília como se fosse a titular do cargo. Ela liderou até ontem comitiva de secretários em reuniões nos ministérios — sempre acompanhados pela bancada federal paranaense.
O que chamou a atenção dos parlamentares — deputados e senadores — foi o despreparo do secretariado de Beto Richa (PSDB). O da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, importado da Bahia, por exemplo, foi a João Arruda (PMDB), coordenador da bancada, pedir apoio para detonar projeto que beneficia as microempresas. O deputado ironizou o fato pelo Twitter:
Secretario da fazenda do PR pediu apoio da bancada para não aprovar o plp 448 beneficia as microempresas.Detalhe: sou o relator da proposta
— João Arruda (@joao_arruda) 9 abril 2015
Em outra passagem não menos pitoresca ocorreu no Ministério dos Transportes. O irmão do governador, Pepe Richa, secretário de Infraestrutura do Paraná, acompanhado do deputado Sandro Alex (PPS), pediu a prorrogação das concessões do pedágio no estado em troca do contorno em Ponta Grossa. No final de 2013, a presidenta Dilma já havia dito “NÃO” ao próprio Beto Richa (clique aqui).
No Ministério da Educação e no FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Cida e entourage tiveram a confirmação de que o governo federal não tem nenhuma pendência com o Paraná.
“Em tempos de Luiz Abi”, a União informou à vice-governadora que não fará depósitos antecipados para obras que ainda não foram executadas no estado.
As reuniões foram agendadas pela senadora Gleisi Hoffmann (PT), que contaram ainda com as presenças do deputado estadual Ademir Bier (PMDB) e dos deputados federais Aliel Machado (PCdoB), Assis do Couto (PT), Christiane Yared (PTN), Leopoldo Meyer (PSB), Luiz Nishimori (PSDB), Ricardo Barros (PP), Sérgio Souza (PMDB) e Toninho Wandscheer (PT).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.