Enquanto o governador Beto Richa (PSDB) insiste em seu pacote de maldades, que mexe em direitos e conquistas do magistério e dos servidores públicos, a Assembleia Legislativa aumenta em 18% a verba dos gabinetes dos deputados estaduais. O valor para a contratação de 23 comissionados saltará dos atuais R$ 78.525 mensais para R$ 92,6 mil (em cada um dos 54 gabinetes).
Segundo presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), o parlamento estadual apenas a acompanha a Câmara Federal que aprovou esta semana um pacotão de reajuste no valor dos benefícios dos deputados federais.
Na semana passada, o Tribunal Faz de Conta do Estado (TCE), presidido pelo advogado Ivan Bonilha, também presenteou conselheiros, procuradores e auditores do órgão com auxílio-moradia de R$ 4.377,74. O “agrado” é tão bom que tem gente querendo trocar o salário pela bolsa-moradia.
Assembleia e TCE seguiram as pegadas do governador tucano, que, no início do ano, reajustou seu próprio salário — e dos secretários — para R$ 33 mil, o maior do país. Portanto, Richa serviu de péssimo exemplo para a farra que se vê.
Se professores e demais funcionários públicos do estado estão tendo dificuldades para manter seus direitos aviltados pelo tucanato e afins, ora, basta perguntar a esses senhores como aumentar os salários em plena crise. Eles têm a fórmula mágica haja vista o que fizeram nessas semanas.
Será que se o governador fosse Roberto Requião (PMDB) haveria essa orgia com o dinheiro público no executivo, no judiciário e no penduricalho chamado TCE? Haveria o desmonte das universidades, das escolas e dos serviços públicos?
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.