O movimento grevista no Paraná, aos poucos, vai furando o bloqueio na velha mídia. O Jornal Nacional, na TV Globo, por exemplo, factualmente, mostrou ontem à noite, 23 de fevereiro, o caos deixado pelo governador Beto Richa (PSDB) na educação e nos serviços públicos.
O tucano não deu as caras na bancada global para explicar como quebrou o estado, mas escalou o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, aquele do supersalário de R$ 100 mil mensais, para reafirmar a disposição do governo em cortar os direitos do funcionalismo.
O Jornal Nacional procurou saber como o governador Beto Richa, do PSDB, pretende enfrentar essa onda de greves e qual é a sua avaliação sobre a crise financeira do Paraná. Mas Beto Richa não quis se pronunciar!, sapecou ao vivo Willian Bonner, âncora do telejornal.
O ‘pacote de maldades’ será reenviado na semana que vem à Assembleia Legislativa, agora com projetos fatiados, preservando a essência anterior: confisco de R$ 8 bilhões da Paranáprevidência, arrocho nos salários e mais cortes de verbas na saúde e educação.
Desde o dia 9 de fevereiro, 2,1 mil escolas estão fechadas no estado. Elas não têm condições de funcionamento, assim como as sete universidades que podem interromper suas atividades ainda este mês devido à falta de dinheiro para o custeio.
O fato concreto é que o Paraná está conflagrado e a mídia nacional pouca atenção tem dado a esse movimento. Vide o caso no protesto em Irati, região Sul, que parou o município contra o fechamento do campus da Unicentro.
Assista ao vídeo do Jornal Nacional:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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